domingo, dezembro 31, 2006
2007
Nazaré
De facto, não se percebe porque não existe um helicóptero em cada praia, uma ambulância em cada rotunda, um serviço de emergência em cada praceta de Portugal, ou mesmo um desfibrilhador (parece que é mais útil que um salazar... enfim, espero que o André Azevedo Alves concorde) em cada esquina. É que não se percebe mesmo...
We've shut him up
O Robert Fisk, além de jornalista, é um chato do caraças (não, não é nenhuma redundância). Só ele para, numa altura destas, vir dizer coisas destas:
We've shut him up. The moment Saddam's hooded executioner pulled the lever of the trapdoor in Baghdad yesterday morning, Washington's secrets were safe. The shameless, outrageous, covert military support which the United States - and Britain - gave to Saddam for more than a decade remains the one terrible story which our presidents and prime ministers do not want the world to remember. And now Saddam, who knew the full extent of that Western support - given to him while he was perpetrating some of the worst atrocities since the Second World War - is dead.
Um chato, um inconveniente, este Fisk...
We've shut him up. The moment Saddam's hooded executioner pulled the lever of the trapdoor in Baghdad yesterday morning, Washington's secrets were safe. The shameless, outrageous, covert military support which the United States - and Britain - gave to Saddam for more than a decade remains the one terrible story which our presidents and prime ministers do not want the world to remember. And now Saddam, who knew the full extent of that Western support - given to him while he was perpetrating some of the worst atrocities since the Second World War - is dead.
Um chato, um inconveniente, este Fisk...
sábado, dezembro 30, 2006
[Pub.]
E não se arranja um desses da Papelaria Fernandes?
A gosto (...)
Se não passassem o tempo a clicar aqui, talvez tivessem ouvido aqui o Summertime todinho.
Agora, por mais que clique, o link não funciona. Como nada se perde, ficamos todos a conhecer um blogue sobre girls singing in french... C'est magnifique, oh la la...
Agora, por mais que clique, o link não funciona. Como nada se perde, ficamos todos a conhecer um blogue sobre girls singing in french... C'est magnifique, oh la la...
O quê?
Para que duas (ou mais...) pessoas polemizem é necessário que haja um mínimo de entendimento. Que falem a mesma língua, num sentido lato, ou, no mínimo, que estejam a falar do mesmo.
Tomás Vasques terá tentado ler o editorial que publiquei hoje no Diário de Notícias, mas, por motivos que me escapam, não conseguiu. Fico sem saber, por isso, que lhe dizer.
Tomás Vasques terá tentado ler o editorial que publiquei hoje no Diário de Notícias, mas, por motivos que me escapam, não conseguiu. Fico sem saber, por isso, que lhe dizer.
A gosto em pleno Inverno
Enquanto não chega algo de mais substancial (Tom Waits?), temos o Summertime, audível numa very short version na Amazon.
Que seja Verão o tempo todo de 2007.
Saddam, the soundtrack
Saddam Hussein asked us to create the soundtrack to his execution shindig this weekend. Thoughts?
Ah...
não sei se já vos tinha dito, mas este [para que a Liberdade não seja só a "nossa liberdade", ou, mais precisamente, o poder disfarçado de liberdade] é o texto mais importante publicado na blogosfera nos últimos dias.
sexta-feira, dezembro 29, 2006
Saddam, obviamente
"A UE opõe-se à pena de morte e esta também não deve ser aplicada neste caso".
«O Governo português reafirma a sua total oposição à pena de morte, em todos os casos e em todas as circunstâncias.»
«O Governo português reafirma a sua total oposição à pena de morte, em todos os casos e em todas as circunstâncias.»
Saddam
Nesta coisa do enforcamento do Saddam é pena que o gajo não viva o tempo suficiente para ver a funcionar a democracia iraquiana, agora que estamos quase, quase, lá. Esse, sim, seria o castigo supremo...
Valentes três
O Tribunal Constitucional lá aprovou a Lei das Finanças Locais. Mas, e isto é que interessa, houve três votos contra. Ora, como se sabe, de acordo com a nova doutrina política - vidé caso da ERC - esses três votos é que são importantes. Os outros, o mais certo é terem claudicado às infames pressões do Sócrates...
quinta-feira, dezembro 28, 2006
Filatelia
Lulando
Ainda tenho mais uns anitos de esquerdismo. Depois, emendo-me. Prometo...
The right to know
Há quem se queixe de que, em Portugal, o Governo anda mais ou menos em roda livre, sem escrutínio.
Vale, por isso, a pena ver o que se passa no Reino Unido, essa antiga e sólida democracia.
Hoje, no Independent.
Vale, por isso, a pena ver o que se passa no Reino Unido, essa antiga e sólida democracia.
Hoje, no Independent.
They made a mistake
"Rumsfeld and Cheney and the president made a big mistake in justifying going into the war in Iraq. They put the emphasis on weapons of mass destruction," Ford said. "And now, I've never publicly said I thought they made a mistake, but I felt very strongly it was an error in how they should justify what they were going to do."
Gerald Ford, em entrevista concecida a Bob Woodward, em 2004, e publicada hoje pelo Washington Post.
Gerald Ford, em entrevista concecida a Bob Woodward, em 2004, e publicada hoje pelo Washington Post.
Grandes portugueses...
... ou o meu ditador não é melhor que o teu, mas é o meu.
Obviamente, se for preciso votar em Cunhal para que Salazar não ganhe, contem comigo.
Obviamente, se for preciso votar em Cunhal para que Salazar não ganhe, contem comigo.
Horta e o «irmão» (II)
Será Ramos-Horta muçulmano? Quase de certeza que não. Será católico? Quase de certeza que sim.
Nas «infelizes» palavras dirigidas a Ben Laden, diz às tantas o seguinte: "Eu, que partilho com ele [o Ben] o mesmo Deus — o Deus que ensina amor a compaixão —, sendo de Timor-leste, país católico, invadido pelo maior país muçulmano do mundo. E eu, que perdi também irmãos, irmãs nesta guerra, irmãos meus de sangue e também timorenses não tenho ódio em relação a nenhum muçulmano ou a algum indonésio".
Topam? Partilham o mesmo Deus, mas são de religiões diferentes. O que só prova que a religião é a maior fonte de união entre os homens...
Nas «infelizes» palavras dirigidas a Ben Laden, diz às tantas o seguinte: "Eu, que partilho com ele [o Ben] o mesmo Deus — o Deus que ensina amor a compaixão —, sendo de Timor-leste, país católico, invadido pelo maior país muçulmano do mundo. E eu, que perdi também irmãos, irmãs nesta guerra, irmãos meus de sangue e também timorenses não tenho ódio em relação a nenhum muçulmano ou a algum indonésio".
Topam? Partilham o mesmo Deus, mas são de religiões diferentes. O que só prova que a religião é a maior fonte de união entre os homens...
quarta-feira, dezembro 27, 2006
Horta e o «irmão»
Convidado pela BBC a enviar uma mensagem de Natal a uma personalidade à escolha, Ramos-Horta optou por Ben Laden.
Chamou-lhe «irmão» - são ambos muçulmanos... -, disse-lhe que também ele se sentiu muitas vezes injustiçado, mas acabou apelando-lhe para que não recorra ao terrorismo para fazer valer os seus pontos de vista.
Eu diria que, estando nós no Natal, esta poderia ter sido uma parte da mensagem do Papa (até aquela do «irmão», pois, como sabemos, aos católicos agora deu-lhes para o ecumenismo...). Mas não. Os media pegaram na coisa de forma enviesada e o que era uma boa intenção acabou transformado num mau passo.
Eu, que nem simpatizo com o personagem, acho tudo isto fantástico...
Chamou-lhe «irmão» - são ambos muçulmanos... -, disse-lhe que também ele se sentiu muitas vezes injustiçado, mas acabou apelando-lhe para que não recorra ao terrorismo para fazer valer os seus pontos de vista.
Eu diria que, estando nós no Natal, esta poderia ter sido uma parte da mensagem do Papa (até aquela do «irmão», pois, como sabemos, aos católicos agora deu-lhes para o ecumenismo...). Mas não. Os media pegaram na coisa de forma enviesada e o que era uma boa intenção acabou transformado num mau passo.
Eu, que nem simpatizo com o personagem, acho tudo isto fantástico...
[Pub.]
sexta-feira, dezembro 22, 2006
Boas festas
Toda a verdade, toda a verdade...
Estamos a poucas horas de mais um sábado histórico para os media portugueses.
O Expresso regressa às suas manchetes vencedoras. Desta vez, é o Grinch.
O Sol vai responder com a transferência do ano - o arquitecto Saraiva vai dar conselhos sexuais, duas páginas por semana, na Tabu; Margarida Rebelo Pinto passa a revelar os bastidores criativos (!) dos seus romances.
O Miniscente responde com uma entrevista explosiva acerca do lado negro da blogosfera. Os assassinatos de carácter, os posts mais vergonhosos, as vilezas sem fim, o escabroso, o animalismo... Enfim, a blogosfera finalmente a nu. Ficará pedra sobre pedra depois desta entrevista? Muito provavelmente.
O Expresso regressa às suas manchetes vencedoras. Desta vez, é o Grinch.
O Sol vai responder com a transferência do ano - o arquitecto Saraiva vai dar conselhos sexuais, duas páginas por semana, na Tabu; Margarida Rebelo Pinto passa a revelar os bastidores criativos (!) dos seus romances.
O Miniscente responde com uma entrevista explosiva acerca do lado negro da blogosfera. Os assassinatos de carácter, os posts mais vergonhosos, as vilezas sem fim, o escabroso, o animalismo... Enfim, a blogosfera finalmente a nu. Ficará pedra sobre pedra depois desta entrevista? Muito provavelmente.
Ah, a blogosfera...
Há quem se desvaneça com as glórias que a blogosfera estará a atingir. A importância práqui, a influência práli...
No Blasfémias, involuntariamente e com a dose certa de imodéstia, jcd mostra a irresponsabilidade a que se pode chegar nessa mesma blogosfera. Também a há noutras bandas, mas em lado algum existe um campo fértil como este.
No Blasfémias, involuntariamente e com a dose certa de imodéstia, jcd mostra a irresponsabilidade a que se pode chegar nessa mesma blogosfera. Também a há noutras bandas, mas em lado algum existe um campo fértil como este.
[Pub.]
I wish I said this
Norman Mailer à Vanity Fair:
Who are your heroes in real life?
So few. F.D.R., J.F.K. Also, de Gaulle and Castro; yes, one must put up with the worst of these two, but they were heroic in their day. Heroism may be of greater value to civilization than political achievement.
Who are your heroes in real life?
So few. F.D.R., J.F.K. Also, de Gaulle and Castro; yes, one must put up with the worst of these two, but they were heroic in their day. Heroism may be of greater value to civilization than political achievement.
QREN? Branquinho
Ontem, no Parlamento, um deputado mostrava a sua indignação - Portugal, disse, ainda não entregou em Bruxelas o Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN, que substitui o QCA) e está, assim, em riscos de perder os respectivos fundos comunitários.
Na resposta, Sócrates respondeu-lhe que o prazo acaba em Março, que nenhum país entregou o QREN e que o governo de Lisboa vai aprovar o seu documento em Janeiro.
O deputado indignado chama-se Agostinho Branquinho. O tal que diz ter provas de que o Governo interfere na informação da RTP.
Na resposta, Sócrates respondeu-lhe que o prazo acaba em Março, que nenhum país entregou o QREN e que o governo de Lisboa vai aprovar o seu documento em Janeiro.
O deputado indignado chama-se Agostinho Branquinho. O tal que diz ter provas de que o Governo interfere na informação da RTP.
quinta-feira, dezembro 21, 2006
Sugestão de Natal
Distraidamente procurando prendas de Natal de última hora, em locais bem frequentados como é o caso da tienda electrónica de El Mundo, deparei com estes Candy Bra, ou sujetadores (oh palavra linda...) de caramelo, mui propícios para a estação que atravessamos. O aspecto é festivo e as calorias - dos 330 caramelos de fruta, note-se - são apenas 40.
A degustação, como se calcula, tanto pode ser de estilo devorativo, como paulatino. O ideal, presumo, será mesmo uma degustação a dois tempos, quiçá interpolados.
Na mesma página, há também uma braguita de caramelo, mas sinceramente tenho andado com uma arritmias nas coronárias...
Ita missa est
O João, quando voltar a conversar com Ratzinger, nem que seja em silêncio na reclusão da sua cela - sugiro-lhe Singeverga, desculpe-me a luxúria, mas é apenas pelo licôr - pergunte-lhe uma coisa por mim: será o nosso pretty boy obra do demo, ou apenas mais uma maravilhosa dávida de Deus, como o são, de resto, todas as vidas?
Quanto ao resto - e desculpe lá este brusco regresso à terra -, o João sabe tão bem como eu quem ocupa o lugar central no sistema político português, quem conduz o jogo. O resto é poesia. No seu caso, fé.
Quanto ao resto - e desculpe lá este brusco regresso à terra -, o João sabe tão bem como eu quem ocupa o lugar central no sistema político português, quem conduz o jogo. O resto é poesia. No seu caso, fé.
O beco
Os blogues ganham cada vez mais relevância no panorama dos media em Portugal. E até já dão notícias em primeira-mão.
É o caso do Corta-Fitas, que, pela mão de João Villalobos, dá à estampa, em rigoroso exclusivo, a imagem de capa do livro que Pedro Santana Lopes e Durão Barroso estão a escrever a quatro mãos (ficando, assim, esclarecidos os motivos das constantes visitas do Zé Manel à Pátria...). Título provisório: Três Anos ao Serviço de Portugal.
[Aproveito a ocasião para parabenizar o Corta-Fitas por ter ficado no top five dos blogues de direita do Insurgente. Os outros bloggers da casa não se importarão que enderece estes meus parabéns especialmente ao Pedro Correia.]
É o caso do Corta-Fitas, que, pela mão de João Villalobos, dá à estampa, em rigoroso exclusivo, a imagem de capa do livro que Pedro Santana Lopes e Durão Barroso estão a escrever a quatro mãos (ficando, assim, esclarecidos os motivos das constantes visitas do Zé Manel à Pátria...). Título provisório: Três Anos ao Serviço de Portugal.
[Aproveito a ocasião para parabenizar o Corta-Fitas por ter ficado no top five dos blogues de direita do Insurgente. Os outros bloggers da casa não se importarão que enderece estes meus parabéns especialmente ao Pedro Correia.]
quarta-feira, dezembro 20, 2006
A notoriedade, enfim
Hoje, à saída de uma loja, uma voz completamente estranha:
«Você é que é o autor do French Kissin', não é?»
«Você é que é o autor do French Kissin', não é?»
terça-feira, dezembro 19, 2006
A felicidade
Eu sei que os bloggers portugueses são pessoas sérias, que se levam muito a sério, e que, acima de tudo, carregam nos ombros a imensa tristeza de viverem em Portugal, serem governados por quem lá está (independentemente de quem lá está...), que não vislumbram qualquer luz, seja no fim do túnel, seja nas suas próprias cabecitas. Que o défice os atormenta, que não dormem a pensar na OTA, que querem mais Estado, mas menos Estado, mas que, bem vistas as coisas, preferiam antes menos Estados e mais Estado. Eu sei que vivem aflitos com a falta de liberdade de imprensa, com a érque e mesmo com a opressão. Eu sei que, compulsivamente, enfrentam uma espiral de niilista, que os leva a negar quase tudo, ideologias, líderes, homens e mulheres comuns, eles próprios também. Eu sei que vivem amargurados, sem perspectivas. Sei que são, em suma, pessoas infelizes. Uns tristes...
É pena... a edição da Economist de amanhã é excelente. Mas o melhor é nem lhe tocarem.
É pena... a edição da Economist de amanhã é excelente. Mas o melhor é nem lhe tocarem.
A Time
que nos elegeu para personalidades do ano já está à venda em Portugal e é uma autêntica edição para coleccionadores. Não apenas pela forma como aborda o tema central, mas também pela ronda que faz pelos personagens (mais famosos que nós...) que marcaram os últimos 12 meses e ainda por uma coisa relativamente rara na Time - uma escolha de bons livros, incluindo uma secção especial em que vários autores de obras sobre o pós 9/11 discutem o terrorismo, Bush, o Iraque...
Bom...
agora fui eu que me perdi.
O primeiro-ministro manda uma carta e mais uns pareceres para o Tribunal Constitucional a defender os seus pontos de vista quanto à Lei das Finanças Locais. So what?
O primeiro-ministro manda uma carta e mais uns pareceres para o Tribunal Constitucional a defender os seus pontos de vista quanto à Lei das Finanças Locais. So what?
Boas Festas
segunda-feira, dezembro 18, 2006
Tlebs, sbelT
A Tlebs é um dos maiores disparates que se abateu sobre a Pátria nos últimos tempos.
Pior que a dita só mesmo a petição que corre na Net e em que, só nas conclusões, se escrevem coisas deste calibre:
Exigimos do Estado Português: Um Ensino de qualidade, científica e pedagogicamente válido e validado [!!!???] ; O fim das experiências pedagógicas não autorizadas em crianças [!!!!!!?????]
Ou seja, para engraçadinhos (os gajos da Tlebs) engraçadinhos e meio (os gajos da petição). A petição - «contra a implementação» - é mesmo para levar a sério, ou uma mera brincadeira da novíssima geração rasca que por aí anda a protestar contra as aulas de substituição e o Estatuto da Carreira Docente?
[Se estivesse numa adoptar o mesmo tom jocoso dos peticionários, perguntaria: e se fossem fazer meninos?]
Pior que a dita só mesmo a petição que corre na Net e em que, só nas conclusões, se escrevem coisas deste calibre:
Exigimos do Estado Português: Um Ensino de qualidade, científica e pedagogicamente válido e validado [!!!???] ; O fim das experiências pedagógicas não autorizadas em crianças [!!!!!!?????]
Ou seja, para engraçadinhos (os gajos da Tlebs) engraçadinhos e meio (os gajos da petição). A petição - «contra a implementação» - é mesmo para levar a sério, ou uma mera brincadeira da novíssima geração rasca que por aí anda a protestar contra as aulas de substituição e o Estatuto da Carreira Docente?
[Se estivesse numa adoptar o mesmo tom jocoso dos peticionários, perguntaria: e se fossem fazer meninos?]
O abuso
Não podia estar mais de acordo com o Almocreve das Petas - o abuso do governo faz mal à saúde. Vá lá, deixem de abusar do Governo... O João Gonçalves que o diga.
666
Tenham medo, tenham muito medo...
"Vejam só esta coincidência (não é que eu acredite nisto...): a última vez que fui recebido pelo engenheiro Pinto de Sousa, nome de baptismo José Sócrates, foi no dia 6 do 6 do ano 6. Ora 666 é o número da Besta do Apocalipse"
"Vejam só esta coincidência (não é que eu acredite nisto...): a última vez que fui recebido pelo engenheiro Pinto de Sousa, nome de baptismo José Sócrates, foi no dia 6 do 6 do ano 6. Ora 666 é o número da Besta do Apocalipse"
[Pub.]
Dúvida
que me fica do fim-de-semana: o que é exactamente um projecto pessoal de poder em Portugal no ano da graça de 2006 quase a cair para o 2007?
domingo, dezembro 17, 2006
... à Person of the Year
Esta semana, foi a Time que, num golpe de génio, nos considerou a todos nós «personalidades do ano». Sim, nós que «controlamos a Era da Informação».
No Editorial, Richard Stengel discute o futuro dos media à luz das novas tendências e da força de tudo o que mexe na web
E conta como a Time encomendou secretamente quase 7 milhões de rectângulos de um material espelhado para colar na capa.
Agora é que ninguém nos pára. Como diz a Time, finalmente, power to the people.
No Editorial, Richard Stengel discute o futuro dos media à luz das novas tendências e da força de tudo o que mexe na web
E conta como a Time encomendou secretamente quase 7 milhões de rectângulos de um material espelhado para colar na capa.
Agora é que ninguém nos pára. Como diz a Time, finalmente, power to the people.
Do 5.º poder...
A semana passada, o Express, com aquele jeito que os franceses têm para tudo catalogar, decidiu que a Internet é o 5.º poder. Como se a dita pudesse ser encarada como uma entidade única... enfim.
It's not dark yet (*)
E se o verdadeiro desafio fosse procurarmos a escuridão?
(*) o título é de uma canção de Dylan; a citação é do New Times Times de hoje; a foto, essa, tem direitos reservados...
(*) o título é de uma canção de Dylan; a citação é do New Times Times de hoje; a foto, essa, tem direitos reservados...
Não se compreende
Há dois dias inteirinhos que o Correio da Manhã não faz uma peça citando Pacheco Pereira. Há aqui qualquer coisa que não está a bater certo.
sábado, dezembro 16, 2006
In the twilight of Castro's Cuba
A Economist teve há semanas uma excelente ideia - criou no seu site um diário para o seus correspondentes (ok, ok, podia ser um blogue...). Assim, todas as semanas, temos uma visão, ora british ora yankee, do que se passa em algumas das mais interessantes capitais do mundo.
Esta semana, coube a vez a Havana (a revista mantém um irritante hábito de não nos apresentar os seus jornalistas, mesmo quando se trata de diários... o que é um bocadinho absurdo).
É aí que podemos encontrar pérolas [estes apontamentos são das coisas mais interessantes sobre Cuba que já li] omo estas:
We've lost the ability to hitch-hike in America; driving around Cuba reminds me of how much we've lost. It's a wonderful thing to talk to strangers about their lives.
Paris and Havana have at least one thing in common. In both cities the places Ernest Hemingway used to frequent are mobbed by package tourists.
Hearing a song for the first time can be magical; the second time better still; a few more listens and it becomes a friend of sorts. But then it becomes the sort of friend you'd rather not see. It is still, at a certain level, fundamentally good, but it is also very annoying. Name anybody who doesn't feel that way about, say, “Hotel California”. Even some of the very best Cuban music has passed the point where you can hear it without wincing slightly.
And if the places in the world are few where one does not find a choice between Coke and Pepsi, that testifies not to the power of the Cuban system, but to the power of the American one.
Poverty has gone hand in hand with this isolation. But try to sort out how much of it has been due to the American embargo, and how much to Cuban policies, and you will quickly get lost. Unless, that is, you have embarked on the search with a well-drawn road map of ideological preconceptions.
There is plenty of hypocrisy, large and small, within the ruling class here. A Cuban might say the same thing in America or Britain. But, as with posters, it is the unfamiliar falsehood which catches your attention, rather than the falsehoods you have grown used to.
Esta semana, coube a vez a Havana (a revista mantém um irritante hábito de não nos apresentar os seus jornalistas, mesmo quando se trata de diários... o que é um bocadinho absurdo).
É aí que podemos encontrar pérolas [estes apontamentos são das coisas mais interessantes sobre Cuba que já li] omo estas:
We've lost the ability to hitch-hike in America; driving around Cuba reminds me of how much we've lost. It's a wonderful thing to talk to strangers about their lives.
Paris and Havana have at least one thing in common. In both cities the places Ernest Hemingway used to frequent are mobbed by package tourists.
Hearing a song for the first time can be magical; the second time better still; a few more listens and it becomes a friend of sorts. But then it becomes the sort of friend you'd rather not see. It is still, at a certain level, fundamentally good, but it is also very annoying. Name anybody who doesn't feel that way about, say, “Hotel California”. Even some of the very best Cuban music has passed the point where you can hear it without wincing slightly.
And if the places in the world are few where one does not find a choice between Coke and Pepsi, that testifies not to the power of the Cuban system, but to the power of the American one.
Poverty has gone hand in hand with this isolation. But try to sort out how much of it has been due to the American embargo, and how much to Cuban policies, and you will quickly get lost. Unless, that is, you have embarked on the search with a well-drawn road map of ideological preconceptions.
There is plenty of hypocrisy, large and small, within the ruling class here. A Cuban might say the same thing in America or Britain. But, as with posters, it is the unfamiliar falsehood which catches your attention, rather than the falsehoods you have grown used to.
Welcome miss Jenny
A minha maior surpresa musical de 2006 chama-se Jenny Lewis. Chegou acompanhada das Watson Twins e com um fabuloso punhado de canções num disco com o estranho nome de Rabbit Fur Coat. Foi através dela que cheguei ao mundo dos Rilo Kiley e dos derivados The Elected. Tudo boa gente. Canções como não há muitas por aí.
Cruz dela
Em 2006, Madonna passeou-se pelo mundo com uma cruz às costas. Confesso que começo a não ter paciência para estas coisas. Já o último disco da rapariga, Confessions on a Dance Floor, tinha uma certa graça por desenterrar o disco, mas apenas isso (enfim, sempre nos pôs a nós, pessoas de bem, que tínhamos abominado, e bem, a coisa na altura, a bater o pézinho num patético assomo revivalista...).
Que 2007 lhe traga as melhoras, perdão, mais inspiração.
Que 2007 lhe traga as melhoras, perdão, mais inspiração.
Brothers
O seu psicanalista diz que essa sua angústia persistente se deve a uma descompensação pela ausência prolongada dos Housemartins? Sente um aperto na garganta ao fim de seis meses sem um novo disco dos Belle and Sebastian? Acha que era muito mais feliz, tinha alegria de viver e encarava o futuro com outra disposição no tempo em que os grupos musicais tinham Brothers no nome?
Pois a solução para o seu caso já está numa discoteca perto de si. Os Pernice Brothers têm um novo disco.
Pois a solução para o seu caso já está numa discoteca perto de si. Os Pernice Brothers têm um novo disco.
Crazy
A Rolling Stone elegeu Crazy dos Gnarls Barkley a canção do ano. O que é um pouco, digamos, descoroçoante. Mas, enfim, a Rolling Stone é a Rolling Stone...
[Pub.]
sexta-feira, dezembro 15, 2006
Ah pois...
Um autêntico clássico, num blogue perto de si: depois de mim, o dilúvio.
Ahmet Ertegun
Ainda esta semana falei aqui de uma fabulosa colecção de música que está por aí à venda por 9 euros (se já era de borla antes, agora então...).
Ontem morreu Ahmet Ertegun, o homem que tornou tudo aquilo possível.
Vejam só o que dele se escreve no Los Angeles Times:
The popular notion is that without Elvis Presley, Chuck Berry and Little Richard, there wouldn't have been rock 'n' roll. But it may be closer to the truth to say there wouldn't have been rock 'n' roll without Ahmet Ertegun.
Pure gold, indeed...
Ontem morreu Ahmet Ertegun, o homem que tornou tudo aquilo possível.
Vejam só o que dele se escreve no Los Angeles Times:
The popular notion is that without Elvis Presley, Chuck Berry and Little Richard, there wouldn't have been rock 'n' roll. But it may be closer to the truth to say there wouldn't have been rock 'n' roll without Ahmet Ertegun.
Pure gold, indeed...
Isto
por exemplo, já é jornalismo a sério.
Notem o distanciamento analítico da manchete... Reparem no valor informativo, e nada deformativo, do outro título.
Um dia todos os os jornais deveriam ser assim...
É oficial [ÚLTIMA HORA]: afinal foi mesmo conspiração
quinta-feira, dezembro 14, 2006
Chokuegambo?
Sim, o que quer dizer chokuegambo?
A resposta está nesta lista da BBC: 100 things we didn't know this time last year.
Demasiado british para o meu gosto, mas mesmo assim uma lista. E de listas, nesta altura do ano, é que a malta precisa.
[via frescos]
A resposta está nesta lista da BBC: 100 things we didn't know this time last year.
Demasiado british para o meu gosto, mas mesmo assim uma lista. E de listas, nesta altura do ano, é que a malta precisa.
[via frescos]
É oficial: foi acidente [RECTIFICAÇÃO]
É oficial: foi acidente
Entretanto...
Provérbio do dia
Mulheres e ferramentas de corte, acertar com elas é uma sorte. [FNV, Mar Salgado]
2006, Roubados em Portugal
Desde o início do ano, a gasolina baixou 14% nos mercados internacionais e subiu 2% nos nossos postos de gasolina.
Eu sempre disse que isto da liberalização dos preços ia ser catita...
Eu sempre disse que isto da liberalização dos preços ia ser catita...
2010, Odisseia em Portugal
Em 2010 vão baixar os impostos. Isto se, e se, e se, e ainda se. Anunciou o ministro das Finanças.
É impressão minha, ou isto é um tanto ou quanto absurdo?
É impressão minha, ou isto é um tanto ou quanto absurdo?
terça-feira, dezembro 12, 2006
[Pub.]
Post preventivo
Aviso desde já que este blogue não cultiva qualquer equidistância entre Augusto Pinochet e Fidel Castro. Nem na morte.
Lisboa, 2027
Os deputados discutem mudanças na lei que permitam julgar o Apito Dourado.
Os jornais lamentam que os principais protagonistas tenham morrido sem que tenha sido feita justiça.
Os jornais lamentam que os principais protagonistas tenham morrido sem que tenha sido feita justiça.
São turcos, Senhor
Uma semana depois de o Papa ter ido à Turquia dar o dito por não dito e dizer que, afinal, sim, ele até acha boa ideia a integração dos infiéis no nosso pequeno mundo, em nome, talvez, do amistoso diálogo religioso que está à vista de todos, a União Europeia meteu meia Turquia na gaveta e a outra metade há-de mandá-la pela janela um dia destes.
A voz de Sua Santidade vale o que se vê e ainda bem. Pias palavras, sobre a Turquia e o resto, que uns ignoram e outros fingem seguir em público e traem em privado, sempre na esperança da salvação do perdão divino.
Quanto aos turcos, ainda nos hão-de dar uma trabalheira dos diabos. Perdão, dos deuses, que são eles que agora mandam fazer as guerras.
A voz de Sua Santidade vale o que se vê e ainda bem. Pias palavras, sobre a Turquia e o resto, que uns ignoram e outros fingem seguir em público e traem em privado, sempre na esperança da salvação do perdão divino.
Quanto aos turcos, ainda nos hão-de dar uma trabalheira dos diabos. Perdão, dos deuses, que são eles que agora mandam fazer as guerras.
Eu diria mesmo mais
Está na televisão um gajo que diz que é engenheiro e diz que é presidente da câmara, e um que diz que é filósofo (ou poeta?) e diz que vereador, e um que diz que é... Um escândalo, essa é que essa. Onde já se viu, as pessoas terem profissões normais!?
segunda-feira, dezembro 11, 2006
Pure Gold
Tinha na minha lista de auto-prendas de Natal uma antologia que pensava ser inalcançável (olha que linda palavra, tipo tlebs...). Uma caixa de três rodelinhas prateadas que saltou para as prateleiras em 2005 e que junta, nada mais nada menos, que 75 dos fabulosos êxitos soul da Atlantic (que transforma a Motown num coisa de meninos de coro, literalmente...). Ora acontece que hoje tropecei com um exemplar (e, atenção, havia lá mais...) na Fnac. Mais impressionante: a caixinha custava, não 90 euros, não 19, mas apenas 9 euros, sim nove eurozitos. Ainda dizem que o ouro está caro.
Do blogue e do seu dono
Numa votação catita realizada pelo Geração Rasca, este vosso blogue ficou classificado em 9.º lugar em duas categorias - melhor blogue e melhor blogue individual masculino - enquanto este vosso criado ficou classificado em 10.º lugar na lista de melhores bloggers. O que vem, de resto, confirmar as piores suspeitas: este blogue é melhor peça que o dono...
Mas, entretanto, uma decisão já está tomada: para o ano, vou concorrer na categoria de melhor blogue blogue individual feminino - a concorrência é muito menor (seus machistas...).
Mas, entretanto, uma decisão já está tomada: para o ano, vou concorrer na categoria de melhor blogue blogue individual feminino - a concorrência é muito menor (seus machistas...).
Hoje há festa na Inferno (ou talvez não)
Este post não existe
(é só um atabalhoado contributo para empurrar o Pinochet lá para baixo. de terra, quero eu dizer.)
domingo, dezembro 10, 2006
Hoje há festa no Inferno
ERC (4)
É claro que em alternativa à existência de órgãos reguladores para a área dos media, teremos sempre o método Agostinho Branquinho. Assim:
1) a divulgação pública da facturação detalhada dos jornalistas. Tanto faz que isso viole todas as normas legais em vigor. A verdade acima de tudo;
2) a monitorização secreta. O deputado do PSD, em reacção à deliberação da ERC, fez esta declaração espantosa: «o PSD também está a proceder a um levantamento sobre esta matéria, mas que não será tornado público». Obviamente... a divulgação de dados concretos dificultaria o lançamento de lama. Que é o que muita gente persiste em fazer...
1) a divulgação pública da facturação detalhada dos jornalistas. Tanto faz que isso viole todas as normas legais em vigor. A verdade acima de tudo;
2) a monitorização secreta. O deputado do PSD, em reacção à deliberação da ERC, fez esta declaração espantosa: «o PSD também está a proceder a um levantamento sobre esta matéria, mas que não será tornado público». Obviamente... a divulgação de dados concretos dificultaria o lançamento de lama. Que é o que muita gente persiste em fazer...
ERC (3)
Sobre as denúncias de Eduardo Cintra Torres (ECT) e de Agostinho Branquinho apontando para a manipulação da RTP pelo governo havia apenas uma coisa a fazer:
a) averigurar se aquilo que era dito e escrito permitia chegar àquela conclusão.
Eventualmente pressionada pelo ambiente mediático que se criou e pelo facto de ECT se ter declarado jornalista, a ERC seguiu dois caminhos errados:
b) averiguar a questão de facto da manipulação da RTP. Trata-se de uma tarefa gigantesca e, em certa medida, impossível. Enquanto a RTP estiver na órbita do Estado, é óbvio que será sempre alvo deste tipo de acusações. E, obviamente, num espaço público altamente mediatizado, tudo depende da grelha de análise. Com um pouco de boa vontade, alguns números e o recurso a algumas teorias, é sempre possível provar que preto é branco e branco é preto.
c) censurar a publicação do artigo de ECT. E esse foi o pecado maior da ERC neste caso. De acordo com os dados recolhidos pela ERC, o artigo de ECT transmitia uma falsidade, mas isso nunca deveria ser impeditivo da sua publicação. Mesmo que ECT tenha jogado com a ambiguidade entre opinião e jornalismo. Um princípio basilar da liberdade de imprensa é o direito ao disparate.
a) averigurar se aquilo que era dito e escrito permitia chegar àquela conclusão.
Eventualmente pressionada pelo ambiente mediático que se criou e pelo facto de ECT se ter declarado jornalista, a ERC seguiu dois caminhos errados:
b) averiguar a questão de facto da manipulação da RTP. Trata-se de uma tarefa gigantesca e, em certa medida, impossível. Enquanto a RTP estiver na órbita do Estado, é óbvio que será sempre alvo deste tipo de acusações. E, obviamente, num espaço público altamente mediatizado, tudo depende da grelha de análise. Com um pouco de boa vontade, alguns números e o recurso a algumas teorias, é sempre possível provar que preto é branco e branco é preto.
c) censurar a publicação do artigo de ECT. E esse foi o pecado maior da ERC neste caso. De acordo com os dados recolhidos pela ERC, o artigo de ECT transmitia uma falsidade, mas isso nunca deveria ser impeditivo da sua publicação. Mesmo que ECT tenha jogado com a ambiguidade entre opinião e jornalismo. Um princípio basilar da liberdade de imprensa é o direito ao disparate.
ERC (2)
Curioso que aqueles que agora mais violentamente criticam a deliberação da ERC, pondo mesmo em causa a existência da dita ERC, são exactamente os mesmos que exigiram a intervenção da ERC quando surgiram as primeiras denúncias sobre a RTP.
ERC (1)
[Um post à João Miranda]
Quantos daqueles que comentam a famosa deliberação da ERC sobre a RTP já a leram?
Quantos daqueles que comentam a famosa deliberação da ERC sobre a RTP já a leram?
E agora
Victoria, Old Victoria
Na Grã-Bretanha, os conservadores têm um novo dilema: seguem David Cameron, o líder soft travestido de Blair, ou regressam aos sólidos valores vitorianos? A seguir...
Ideias, ideias, ideias
Estaremos todos nós, os do Google, do Youtube, do MySpace, do Second Life, do Blogger, a engrossar o digital maoism?
A resposta na revista de domingo do New York Times, que elenca as 74 ideias que andam no ar e talvez pousem por cá um destes dias.
Um conjunto muito interessante de textos, para largos minutos de leitura, que levanta muitas questões. Estaremos nós a viver mesmo tempos tão interessantes? Ou interessantes são apenas as novas maneiras como alguns de nós arrumam a realidade?
A resposta na revista de domingo do New York Times, que elenca as 74 ideias que andam no ar e talvez pousem por cá um destes dias.
Um conjunto muito interessante de textos, para largos minutos de leitura, que levanta muitas questões. Estaremos nós a viver mesmo tempos tão interessantes? Ou interessantes são apenas as novas maneiras como alguns de nós arrumam a realidade?
[Pub.]
sábado, dezembro 09, 2006
Jardim, amigo...
[Jardim diz que PSD-Madeira se declara aliado de todas as forças contra Governo de Sócrates]
... tens AQUI a tua gente.
... tens AQUI a tua gente.
É verdade
que tudo isso pode ser muito importante, mas o que me mais preocupa actualmente é perceber se a melhor tradução para «like a rolling stone» é mesmo «como uma pedra a rolar». Parece-me demasiado evidente.
Loucura normal
Em Espanha, andam a discutir se anulam as sentenças de morte do franquismo.
Boletim mentirológico
E quando é que a Operação Furacão passa de alerta amarelo para alerta laranja?
Quanto à ERC
digam-me lá, quando pronunciam a coisa pela sigla dizem ERssE ou ERquE?
De momento, é a única coisa que me interessa sobre a coisa.
De momento, é a única coisa que me interessa sobre a coisa.
[Pub.]
sexta-feira, dezembro 08, 2006
Pela jenela
Uma senhora, a propósito das cheias, acaba de pronunciar na televisão uma das palavras que mais me encanta na língua portuguesa: «Entrou-me a água toda pela jenela...»
Olha, olha
outro que se está a fazer a administrador da Lusa: Rui Rio elogia "rumo" do Governo.
Olho nele, malta, olho nele...
[Ah... mas parece que foi coagido a dizer aquilo, parece que lhe mandaram uns holofotes para os olhos e tudo, lamentável...]
Olho nele, malta, olho nele...
[Ah... mas parece que foi coagido a dizer aquilo, parece que lhe mandaram uns holofotes para os olhos e tudo, lamentável...]
quinta-feira, dezembro 07, 2006
[Pub.]
Liberdade, liberdade (2)
Por falar em democracia e na Human Rights Watch... será próprio das democracias o fomento de desigualdades internas?
A resposta aqui: Several U.S. state laws and regulations on abortion chip away at every woman’s right to have a safe and legal abortion.
[Sim, o tema não foi escolhido ao acaso...].
A resposta aqui: Several U.S. state laws and regulations on abortion chip away at every woman’s right to have a safe and legal abortion.
[Sim, o tema não foi escolhido ao acaso...].
Best of
History, politics, science, business, biography, memoir or fiction—there is something for everyone in this round-up of the year's best books... Os melhores livros de 2006, segundo o Economist.
Já
Liberdade, liberdade
Eu também conheço os relatórios de várias organizações internacionais sobre vários assuntos.
Mesmo as mais credíveis, como a HRW, a Amnistia Internacional e outras, caracterizam-se, por, nos seus relatórios, darem bordoada em toda a gente. O politicamente correcto no seu esplendor.
Por exemplo, a AI, no seu relatório anual, critica sempre Portugal, normalmente pelos maus tratos nas prisões ou nas esquadras de polícia. Não negando a existência desses factos, nem negando a pertinência de organizações deste tipo (antes pelo contrário), a verdade é que nem sempre a gravidade do que dizem os relatórios corresponde às situações de facto.
E o facto, no que respeito à Venezuela, é que as televisões e os jornais são maioritariamente e activamente anti-Chávez. Não é por acaso que várias entidade internacionais validaram o último acto eleitoral que ocorreu no país - porque houve liberdade de voto e liberdade de campanha. Teria sido possível uma campanha normal se não houvesse liberdade de imprensa?
Mesmo as mais credíveis, como a HRW, a Amnistia Internacional e outras, caracterizam-se, por, nos seus relatórios, darem bordoada em toda a gente. O politicamente correcto no seu esplendor.
Por exemplo, a AI, no seu relatório anual, critica sempre Portugal, normalmente pelos maus tratos nas prisões ou nas esquadras de polícia. Não negando a existência desses factos, nem negando a pertinência de organizações deste tipo (antes pelo contrário), a verdade é que nem sempre a gravidade do que dizem os relatórios corresponde às situações de facto.
E o facto, no que respeito à Venezuela, é que as televisões e os jornais são maioritariamente e activamente anti-Chávez. Não é por acaso que várias entidade internacionais validaram o último acto eleitoral que ocorreu no país - porque houve liberdade de voto e liberdade de campanha. Teria sido possível uma campanha normal se não houvesse liberdade de imprensa?
Batalha naval
quarta-feira, dezembro 06, 2006
Ora aí está
a verdade, toda a verdade e nada mais que a verdade.
O Correio da Manhã privilegia as fontes do poder, o Diário de Notícias ouve mais as fontes da oposição, o Jornal de Notícias é o que possui mais fontes nas suas peças e o Público dá voz aos políticos.
O Correio da Manhã privilegia as fontes do poder, o Diário de Notícias ouve mais as fontes da oposição, o Jornal de Notícias é o que possui mais fontes nas suas peças e o Público dá voz aos políticos.
É Natal, é Natal...
O JPH [Glória Fácil] lá fez os habituais pedidozitos de Natal, uns livrecos, uns disquitos...
Por mim, fico-me por este Holiday Buying Guide do New York Times. Para começar, estou indeciso...
Por mim, fico-me por este Holiday Buying Guide do New York Times. Para começar, estou indeciso...
Escandaloso
é que o governo, na sua escalada propagandística, tenha posto a CIP e a CGTP (o quê, é a mesma CGTP? têm a certeza?) de acordo sobre o salário mínimo.
Esta gente - anotem o que vos digo - é perigosa. Muito perigosa...
Esta gente - anotem o que vos digo - é perigosa. Muito perigosa...
No país de Chávez
Há quem desvalorize o resultado das eleições na Venezuela porque, dizem, o voto livre não é condição suficiente para a existência de democracia. Pois não. Na Venezuela, há outra condição essencial que está plenamente preenchida. Há liberdade de imprensa - de tal forma que a totalidade das televisões e dos jornais privados são ferozmente anti-Chávez. E demonstraram-no durante a última campanha.
Notícias de partir
O Anarca Constipado acaba de anunciar uma redução acentuada da sua produção bloguística. Diz que vai passar das palavras aos actos e trabalhar mais e melhor, à maneira escandinava. Pede, por isso, desculpa aos seus leitores mais fiéis.
LWW
Neil Young transformou o seu último disco - Living With War - num projecto on-line.
E no i-Tunes já se pode aceder a uma nova versão do disco.
Chávez pá, tens aqui a tua gente
Sócrates felicita Chávez.
EUA acenam com possibilidade de trabalhar com Chávez.
[O Tiago Barbosa Ribeiro está sempre a tempo de completar a sua lista...]
EUA acenam com possibilidade de trabalhar com Chávez.
[O Tiago Barbosa Ribeiro está sempre a tempo de completar a sua lista...]
terça-feira, dezembro 05, 2006
Entretanto...
[http://31daarmada.blogs.sapo.pt/60795.html]
no mundo real:
Venezuela garantiza a España que no dará la nacionalidad a etarras.
no mundo real:
Venezuela garantiza a España que no dará la nacionalidad a etarras.
Tolinhos... [act.]
A ignorância, quando atrevida, tem sempre uma certa graça. O 31 da Armada é, por isso, um dos blogues mais divertidos da temporada.
Comecemos, então, pelo básico. Em todos os países, as emissões de televisão obedecem a um certo número de condições; nos países com democracias mais consolidadas, é às entidades reguladoras, e não aos governos, que compete atribuir licenças e velar pelo cumprimento das obrigações das TVs.
É isso que se passa em Portugal. Ou nos Estados Unidos. Antes de voltar a escrever sobre um assunto que de todo ignora, Fernando Mendes da Silva poderia dedicar uns minutos à webpage da FCC. Pode começar por aqui.
Em alternativa, pode sempre continuar a mandar umas bocas parvas. Nos blogues, funciona às mil maravilhas.
[Act: é Francisco e não Fernando Mendes da Silva. O resto está certo.]
Comecemos, então, pelo básico. Em todos os países, as emissões de televisão obedecem a um certo número de condições; nos países com democracias mais consolidadas, é às entidades reguladoras, e não aos governos, que compete atribuir licenças e velar pelo cumprimento das obrigações das TVs.
É isso que se passa em Portugal. Ou nos Estados Unidos. Antes de voltar a escrever sobre um assunto que de todo ignora, Fernando Mendes da Silva poderia dedicar uns minutos à webpage da FCC. Pode começar por aqui.
Em alternativa, pode sempre continuar a mandar umas bocas parvas. Nos blogues, funciona às mil maravilhas.
[Act: é Francisco e não Fernando Mendes da Silva. O resto está certo.]
Turismo radical
Chávez
Ah... e o Tiago esqueceu-se de juntar uns tantos milhões de venezuelanos que votaram Chávez e, portanto, devem estar contentes.
Então está bem
Segundo leio em alguns blogues, o governo faz mal em ter um plano para os deficientes. São opiniões...
[Pub.]
Abaixo a exploração
Os críticos, quando se tornam profissionais, tropeçam nas próprias críticas. É o caso de José Medeiros Ferreira quando fala das aulas de substituição.
Lá fora, é verdade, pagam as aulas de substituição. Exactamente como acontece cá dentro - ou pensa JMF que algum professor aceitaria dar aulas, de substituição ou outras, de borla? Obviamente, as aulas de substituição são dadas por professores dentro do tempo normal que têm de prestar na escola. Logo, são pagas.
E diz ainda JMF que, em alguns países, as aulas de substituição são dadas por professores da mesma disciplina. E cá também. A prática só não está mais generalizada devido ao boicote generalizado.
E saberá JMF que algumas escolas até têm autênticos planos curriculares para as aulas de substituição? Onde? Lá fora? Não, cá dentro...
Está a ver JMF, os «lutadores anti-sindicais», às vezes, até vêm coisas que os «lutadores anti-ministeriais» não querem ver. É a vida...
Ainda a tempo: é claro que, para resolver a questão das aulas de substituição, poderíamos sempre aplicar aquele que se depreende ser o método JMF - cada escola teria uma espécie de quadro a duplicar (professores titulares e professores de substituição, para todas as disciplinas) e, de cada vez que um professor tivesse de dar aulas de substituição, pagava-se-lhe. Uma solução um pouco cara, é certo. Mas como o país nada em recursos...
Lá fora, é verdade, pagam as aulas de substituição. Exactamente como acontece cá dentro - ou pensa JMF que algum professor aceitaria dar aulas, de substituição ou outras, de borla? Obviamente, as aulas de substituição são dadas por professores dentro do tempo normal que têm de prestar na escola. Logo, são pagas.
E diz ainda JMF que, em alguns países, as aulas de substituição são dadas por professores da mesma disciplina. E cá também. A prática só não está mais generalizada devido ao boicote generalizado.
E saberá JMF que algumas escolas até têm autênticos planos curriculares para as aulas de substituição? Onde? Lá fora? Não, cá dentro...
Está a ver JMF, os «lutadores anti-sindicais», às vezes, até vêm coisas que os «lutadores anti-ministeriais» não querem ver. É a vida...
Ainda a tempo: é claro que, para resolver a questão das aulas de substituição, poderíamos sempre aplicar aquele que se depreende ser o método JMF - cada escola teria uma espécie de quadro a duplicar (professores titulares e professores de substituição, para todas as disciplinas) e, de cada vez que um professor tivesse de dar aulas de substituição, pagava-se-lhe. Uma solução um pouco cara, é certo. Mas como o país nada em recursos...
segunda-feira, dezembro 04, 2006
Ai, meu Deus, é a censura...
A propósito de uma polémica tola que por aí anda: Dez milhões de famílias britânicas desligam os seus televisores. Motivo: o excesso de sexo e violência na programação.
domingo, dezembro 03, 2006
Web 2.0
O El Pais de hoje dedica espaço alargado aos nuevos reyes de Internet. No Verão, fomos ultrapassados pelos malucos dos vídeos...
A democracia
A três
Anda aí um anúncio do BPI inquietante, no mínimo.
Ela está num sofá e tece loas ao crédito habitação do tal banco. Depois, ele desce por uma escada e reforça as loas. E depois... há uma segunda ela que, sentada no sofá, também tece loas.
Ou muito me engano ou aqueles três, qualquer dia, estão a pedir casamento.
Ela está num sofá e tece loas ao crédito habitação do tal banco. Depois, ele desce por uma escada e reforça as loas. E depois... há uma segunda ela que, sentada no sofá, também tece loas.
Ou muito me engano ou aqueles três, qualquer dia, estão a pedir casamento.
sábado, dezembro 02, 2006
Os militares
Pois é, Rui, quanto mais o leio mais concluo que tudo o que escreve acerca da Defesa poderia ser escrito sobre qualquer outra área da governação.
Livros
Como é que se chama mesmo o tal livro do Santana? Orgulho e Preconceito? Nãã.... Crime e Castigo? Crime e Castigo? Será assim...?
[Pub.]
Alentejo Blue
A propósito de um livro recenseado pelo New York Times de que aqui falei há dias, Henrique Burnay, do 31 da Armada [importam-se de escrever de outra maneira aquela frase que está por baixo do nome do blogue, que estou farto de olhar para lá e não consigo entender?], mandou-me um mail, o cujo se resume assim: a Monica Ali não percebeu patavina do que viu no Alentejo. Que lhe tenham sabido bem as férias, que o romance nós dispensamos. É só para não dizer que não avisámos (até porque, com este título e à velocidade com que se editam livros em Portugal nos dias que correm, não tarda muito e a Ali está aqui...).
Caro Rui
correspondemo-nos então.
E começo por dizer que o teu texto, e desculpa a sinceridade, consegue suplantar o choradinho dos militares acerca da sua tão elevada superioridade.
Por exemplo, escreves que a «paz podre» entre o poder político e os militares é antiga e que, pasme-se, os ministros da Defesa mudaram muitas vezes, e que as reformas na Defesa faziam que andavam e não andavam, e que a condição militar tem especificidades que mais ninguém tem.
Mas, oh Rui, tudo isso é o que diz toda a gente. Os juízes, os professores, os jornalistas (não tens ouvido os representantes dos jornalistas garantirem que a profissão é tão, mas tão, extenuante e tão, mas tão, específica que justifica uma caixa de previdência própria?).
Os ministros da Defesa mudaram? E os da Educação? E não serão estas mudanças mais negativas para todos? É que, ao contrário do que pareces afirmar, se existe área em que PS e PSD (e PP) estão mais de acordo ela deve ser, precisamente, a da Defesa. E as reformas no sector demoraram muito tempo? E nos outros sectores? E a reforma geral do Estado?
A especificidade dos militares? A prontidão? Os perigos que enfrentam? Olha, Rui, tenta saber quanto ganham por mês os valentes soldados que estão actualmente em Timor ou na Bósnia e depois falamos.
A ideia de que o Estado achincalha os militares, essa sim, é que me parece peregrina. Pelo que temos visto nos últimos anos, a contestação pública tem sido assumida, ora por associações conotadas com o PCP, ora por chefes militares, como é o caso, nomeados por ministros de cor contrária e prontos a sair.
E chegamos à divulgação da carta. Que coragem a destes militares que, a uma semana de deixarem o cargo, se armam em valentes e põem o poder político na ordem...
O que defendo, para os militares e para o resto, é muito simples: o dinheiro não chega para tudo e é preciso redistribuí-lo. E, já que vem a talhe de foice, obviamente que não considero a Defesa como uma das nossas prioridades de primeira linha no actual momento. Diria que se trata de uma posição realista.
E começo por dizer que o teu texto, e desculpa a sinceridade, consegue suplantar o choradinho dos militares acerca da sua tão elevada superioridade.
Por exemplo, escreves que a «paz podre» entre o poder político e os militares é antiga e que, pasme-se, os ministros da Defesa mudaram muitas vezes, e que as reformas na Defesa faziam que andavam e não andavam, e que a condição militar tem especificidades que mais ninguém tem.
Mas, oh Rui, tudo isso é o que diz toda a gente. Os juízes, os professores, os jornalistas (não tens ouvido os representantes dos jornalistas garantirem que a profissão é tão, mas tão, extenuante e tão, mas tão, específica que justifica uma caixa de previdência própria?).
Os ministros da Defesa mudaram? E os da Educação? E não serão estas mudanças mais negativas para todos? É que, ao contrário do que pareces afirmar, se existe área em que PS e PSD (e PP) estão mais de acordo ela deve ser, precisamente, a da Defesa. E as reformas no sector demoraram muito tempo? E nos outros sectores? E a reforma geral do Estado?
A especificidade dos militares? A prontidão? Os perigos que enfrentam? Olha, Rui, tenta saber quanto ganham por mês os valentes soldados que estão actualmente em Timor ou na Bósnia e depois falamos.
A ideia de que o Estado achincalha os militares, essa sim, é que me parece peregrina. Pelo que temos visto nos últimos anos, a contestação pública tem sido assumida, ora por associações conotadas com o PCP, ora por chefes militares, como é o caso, nomeados por ministros de cor contrária e prontos a sair.
E chegamos à divulgação da carta. Que coragem a destes militares que, a uma semana de deixarem o cargo, se armam em valentes e põem o poder político na ordem...
O que defendo, para os militares e para o resto, é muito simples: o dinheiro não chega para tudo e é preciso redistribuí-lo. E, já que vem a talhe de foice, obviamente que não considero a Defesa como uma das nossas prioridades de primeira linha no actual momento. Diria que se trata de uma posição realista.
sexta-feira, dezembro 01, 2006
Complete?
Porque é que quando clicamos no View my complete profile de qualquer blogue nunca há fotos de corpo inteiro?
[copyright: Perguntar não ofende, o maior repositório de perguntas pertinentes da blogosfera]
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