segunda-feira, janeiro 08, 2007
Veja
A revista Veja, na sua primeira edição deste ano, inclui uma Carta aos Leitores, assinada por Roberto Civita, que vai ao essencial em dois temas - o Brasil de Lula, o papel dos media:
Do nosso ponto de vista, a recente campanha eleitoral demonstrou que existe um vasto consenso referente à necessidade de acelerar o crescimento econômico do país e, ao mesmo tempo, melhorar a sua distribuição de renda. Entre aqueles que pensam o Brasil, há animadora concordância em que isso exige manter a estabilidade e a previsibilidade econômicas, eliminar as já conhecidíssimas barreiras ao desenvolvimento, combater a corrupção para valer, reduzir drasticamente a ineficiência e o desperdício da administração pública e avançar com energia na melhoria do nosso deplorável sistema de educação. Todas as declarações do presidente Lula, desde sua triunfante reeleição, confirmam que ele compartilha essa visão e está empenhado em – desta vez – fazer todo o possível para implementá-la.
A verdadeira questão, portanto, não está mais no que fazer, mas no como.
Já aprendemos que não bastam boas idéias, discursos e "vontade política" para fazer mudanças. É preciso competência, persistência e a verdadeira capacidade de liderar – que consiste em persuadir as pessoas a seguir o caminho traçado pelo próprio líder. Ou seja, embora nenhum presidente (ou outro governante) possa – sozinho – mudar nada, ele pode e deve apontar o caminho, arregimentar apoios, escolher ministros e assessores competentes, disciplinar quem sair da linha... Enfim, dar o tom e o exemplo.
(...)
Idealmente, toda a sociedade e todos os eleitores deveriam integrar um vasto leque de medidores e cobradores. Não apenas para apontar erros e falhas, mas também para reconhecer, aplaudir e reeleger os governantes e os partidos que entregarem o que prometeram. Sendo, entretanto, que isso é quase impossível nas sociedades de massa, mesmo nas democracias mais avançadas, cabe aos meios de comunicação, e especialmente à grande imprensa, servir como os olhos – e, sempre que possível, a consciência – da nação.
É o que VEJA pretende continuar fazendo, na torcida para que tenha cada vez menos para denunciar e cada vez mais para aplaudir.
Do nosso ponto de vista, a recente campanha eleitoral demonstrou que existe um vasto consenso referente à necessidade de acelerar o crescimento econômico do país e, ao mesmo tempo, melhorar a sua distribuição de renda. Entre aqueles que pensam o Brasil, há animadora concordância em que isso exige manter a estabilidade e a previsibilidade econômicas, eliminar as já conhecidíssimas barreiras ao desenvolvimento, combater a corrupção para valer, reduzir drasticamente a ineficiência e o desperdício da administração pública e avançar com energia na melhoria do nosso deplorável sistema de educação. Todas as declarações do presidente Lula, desde sua triunfante reeleição, confirmam que ele compartilha essa visão e está empenhado em – desta vez – fazer todo o possível para implementá-la.
A verdadeira questão, portanto, não está mais no que fazer, mas no como.
Já aprendemos que não bastam boas idéias, discursos e "vontade política" para fazer mudanças. É preciso competência, persistência e a verdadeira capacidade de liderar – que consiste em persuadir as pessoas a seguir o caminho traçado pelo próprio líder. Ou seja, embora nenhum presidente (ou outro governante) possa – sozinho – mudar nada, ele pode e deve apontar o caminho, arregimentar apoios, escolher ministros e assessores competentes, disciplinar quem sair da linha... Enfim, dar o tom e o exemplo.
(...)
Idealmente, toda a sociedade e todos os eleitores deveriam integrar um vasto leque de medidores e cobradores. Não apenas para apontar erros e falhas, mas também para reconhecer, aplaudir e reeleger os governantes e os partidos que entregarem o que prometeram. Sendo, entretanto, que isso é quase impossível nas sociedades de massa, mesmo nas democracias mais avançadas, cabe aos meios de comunicação, e especialmente à grande imprensa, servir como os olhos – e, sempre que possível, a consciência – da nação.
É o que VEJA pretende continuar fazendo, na torcida para que tenha cada vez menos para denunciar e cada vez mais para aplaudir.