terça-feira, janeiro 16, 2007

Não sei se é

só no cinema, se na literatura, se nas duas, se o diabo a sete, mas há uma gaita narrativa qualquer a que chamam de anti-climax. Ideia que, presumo, não precisa de grandes explicações.
Vem isto a propósito de uma conversa que me interessa a mim, às minhas duas gatas (que remédio têm elas...) e a três ou quatro ociosos que se põem a ler blogues noite dentro.
Pra dizer que, justo agora que o sitemeter anda numa excitação adolescente, não me apetece dar-lhe trela. O meu nome, santo nome, acho eu, tem andado por aí a ser invocado em vão. Das últimas vezes que espreitei os blogues do costume, nem percebi porque raio vinha aquele João Morgado Fernandes à liça. Ainda me obrigam a beliscar-me ao espelho e perguntar: és mesmo tu, jonas? Mas voltemos à moenga - haver coisas para dizer, até há. Polémicas? Ui! Simplesmente, não me apetece. O Sócrates, o Iraque e mais o aquecimento global sobrevivem bem sem mim (enfim, convém não exagerar na modéstia...). E a verdade é que aquilo que me apetecia mesmo era regressar aos tempos iniciais do french. O french, para quem não saiba, foi assim uma espécie de downsizing do terras do nunca. Exactamente como agora. A malta pegava-se, a malta discutia e, às tantas, era o dn e o tdn, tudo à mistura. O sitemeter, esse bulímico, não se queixava, claro. Para arrefecer os ânimos, um duche de água fria e, zás, mudança de blogue e de estilo. O sitemeter chegou a cortar relações... Mas depois o bichinho cresceu, cresceu, e , zás, catanada que se faz tarde. Para chegarmos novamente aqui, um sísifo involuntário.
Bom, mas voltemos ao essencial - e o essencial é isso mesmo. O prazer de ter um blogue é esse mesmo. Agora apetece-me estar nas tintas para os links, as polémicas, as audiências. E dirá aquele cavalheiro de São Domingos de Rana que conseguiu chegar a este ponto do post - oh homem, dedique-se a coisas mais úteis, meta-se na bicha para a próxima exposição da Gulbenkian - mas o que interessa esta conversa da treta à malta? Eu, e falo por mim, acho que não interessa rigorosamente nada. Nadinha mesmo. Mas eu avisei - ora leia lá o caro leitor o primeiro parágrafo.
Bom, faz-se tarde e, completamente metido a martelo, eu só queria manifestar o meu desagrado à shysnogud que isso de estar sob o mesmo tecto com bloggers e não se identificar é do caraças. A f. também faz o mesmo, mas, bolas, ela usa calças justas (lycra, i presume) e depois até manda sms e tudo. Quanto a si, minha cara blogger desconhecida, queria apenas - e esta parte da conversa nem ao leitor de São Domingos de Rana deve interressar - dizia eu, queria apenas fazer minhas as palavras de um comentário ao post antigo sobre a tal reunião de escola, que também eu acho que as intenções da professora eram as melhores, assim do género «em vez de coçarem os tomates, podiam pelo menos vir às reuniões da escola, oh ditos homens». Mas isto sou eu que sou um optimista. Ah, da próxima vez, dê sinal de si, sei lá, uma tossidela discreta, um tamborilar... já um olhar me parece comportar riscos desnecessários.
É verdade que toda esta conversa da treta deve ter liquidado definitivamente o coitado do sitemeter, mas, gaita, já repararam bem na quantidade de lixo que se publica nos blogues ditos de referência? Os gajos acham mesmo que aquilo interessa a alguém? Acham mesmo que alguém agradece que quebrem o abençoado silêncio? Oops, lá estou eu a meter-me em trabalhos.





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