quarta-feira, novembro 08, 2006

Meta-sexualidades

Parece que, segundo lembra o João Gonçalves, o Pasolini escreveu qualquer coisa como «não há nenhum homem que não seja também homossexual». Uma frase que, enfim, podemos colocar ao mesmo nível da piada parva de psicologia barata segundo a qual «dentro de todo o homem existe uma lésbica».
O discurso exibicionista da homossexualidade está, por estes dias, um pouco por todo o lado. Admito alguma falta de pachorra para o tema, mas sempre imaginei que o ideal de qualquer homossexual seria uma radical normalidade. Que o deixassem viver em paz, anónimo entre anónimos. Igual entre iguais, ou diferente entre diferentes, como quiserem. É verdade que conheço alguns homossexuais assim. São-no, simplesmente. Vivem normalmente. Mas parece que a normalidade, entre os homossexuais, não é essa. Parece que a condição exige uma espécie de metadiscurso obcecado.
Não há nenhum homem que não seja também homossexual? Seja... Embora também me pareça interessante dizer o contrário. Boutade por boutade...





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