segunda-feira, outubro 02, 2006

Da moral e da decência (II)

Sabe João, eu até concordo com a senhora. A televisão é lixo, aqui ou em qualquer lado, e o resto, o património, a criação artística, são ruínas.
Os Morangos são tão obscenos como os telejornais, e a Biblioteca Nacional não é muito diferente de Foz Côa (perguntam os mais novos - avôzinho, o que é o Foz Côa?, e a malta até já tem dificuldade em explicar a coisa do princípio ao fim).
O que me entedia infinitamente (e agora até pareço a Mena a falar...) são dois tipos de pessoas. As muito liberais, muito liberais, mas que só pensam em educar o povo, pela televisão, pois claro. E os estrangeirados, que olham para isto com um enorme nojo, tudo uma porcaria, ó que tédio viver nesta choldra. A Mena consegue encaixar nas duas categorias. É obra.
A televisão, uma pateta mas inocente série juvenil, deveria ser censurada. Já as amantes do dr. Soares podem ser motivo de conversa de café. Voyeurismo, escândalo, sexo pois claro... tudo bem, desde que seja a sério. Não de série.
Fosse um jornal a falar das amantes do dr. Soares e teríamos escândalo pela certa - ó deuses, a invasão da intimidade. A devassa. Como é a Mena, a malta até acha graça. A Mena, afinal, até nem é de cá. É uma intelectual. Deveria era estar na Biblioteca Nacional. Devidamente encadernada e preservada, claro.





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