sábado, setembro 23, 2006
Longe do Compromisso
O Tiago Barbosa Ribeiro [Kontratempos] gostaria de ver a área socialista (leia-se, a área governativa...) mais envolvida nos debates do Compromisso Portugal.
Argumenta TBR: «O desenvolvimento e a modernização do país não (...) devem afastar-se de quem detém a coluna vertebral da economia: as empresas.»
Dito assim, até poderíamos concordar. O problema é que o Compromisso Portugal nada tem a ver com empresas, ou melhor, com o contributo que as empresas podem dar ao país e à sua economia. Basta reparar nos temas elencados por TBR - todos eles têm a ver com o funcionamento do Estado. Nessa medida, o Compromisso é um mero movimento reinvindicativo, herdeiro certificado da lógica da subsidiodependência. O Compromisso nunca nos diz o que as empresas podem dar, faz exigências sobre o que todos nós (através do Estado) devemos dar às empresas.
O Governo deve ouvir o Compromisso, como deve ouvir todos os interesess da sociedade. Mas a lógica do Compromisso não difere muito daquela que é perseguida pelos grupos de interesse, mais factores de bloqueio do que de resolução.
Argumenta TBR: «O desenvolvimento e a modernização do país não (...) devem afastar-se de quem detém a coluna vertebral da economia: as empresas.»
Dito assim, até poderíamos concordar. O problema é que o Compromisso Portugal nada tem a ver com empresas, ou melhor, com o contributo que as empresas podem dar ao país e à sua economia. Basta reparar nos temas elencados por TBR - todos eles têm a ver com o funcionamento do Estado. Nessa medida, o Compromisso é um mero movimento reinvindicativo, herdeiro certificado da lógica da subsidiodependência. O Compromisso nunca nos diz o que as empresas podem dar, faz exigências sobre o que todos nós (através do Estado) devemos dar às empresas.
O Governo deve ouvir o Compromisso, como deve ouvir todos os interesess da sociedade. Mas a lógica do Compromisso não difere muito daquela que é perseguida pelos grupos de interesse, mais factores de bloqueio do que de resolução.