terça-feira, setembro 12, 2006
Fogo! (2)
Este ano, pelas contas disponíveis, ardeu um quinto da área florestal do ano passado (pelas contas do Pedro Almeida Vieira, os números estarão ainda incertos -eu já percebi que a margem de erro funciona sempre num sentido -, pelo que o melhor é falarmos em «um quarto» e não «um quinto»).
Tendo em conta esses números, elogiei. Eu sei que elogiar (ainda para mais um governo, oh horror...) é crime passível das maiores sevícias. Mas enfim...
PAV acha que aquela diminuição drástica da área ardida - sejamos generosos, digamos antes «um terço» do ano passado... - se deve às condições atmosféricas e ao facto de já não haver nada para arder. Bom, digamos que isso é verdade e - sejamos novamente generosos... - estamos perante o número mais simpático: este ano, ardeu metade do que ardeu no ano passado.
Isto, é claro, é só a minha generosidade a trabalhar, já que PAV, por muitas contas que faça, chega sempre à conclusão de que as coisas estão más e só podem piorar.
Apesar desse quadro negro, PAV mantém o sentido de humor. E compara o incomparável.
Em Espanha, a única região que é comparável com Portugal é a Galiza - o resto, ora é meseta desértica (floresta, onde?), ora é mediterrânica, ora é zona dos Pirinéus, de características completamente diferentes das nossas.
A Galiza, sim, é toda ela coberta de floresta de crescimento rápido, em continuo. Só que com uma vantagem enorme face a Portugal - o clima: temperaturas mais amenas, humidade mais elevada. Mesmo assim, foi o que se viu este Verão...
Obviamente, esta conversa não leva a nada. PAV, por muitas contas que faça, chegará sempre à tal conclusão - este ano, apesar de ter ardido o que ardeu (quanto era, mesmo?) terá sido sempre um dos piores anos. E nem vale a pena contra-argumentar. No que escrevi anteriormente, a par dos elogios, havia críticas. Mas isso não conta - apenas interessa desmontar o elogio. Pela minha parte, estamos conversados.
[circuito fechado: esta conversa não tem, obviamente, qualquer pressuposto para além do seu valor facial, uma simples troca de ideias. Não há confusão possível.]
Tendo em conta esses números, elogiei. Eu sei que elogiar (ainda para mais um governo, oh horror...) é crime passível das maiores sevícias. Mas enfim...
PAV acha que aquela diminuição drástica da área ardida - sejamos generosos, digamos antes «um terço» do ano passado... - se deve às condições atmosféricas e ao facto de já não haver nada para arder. Bom, digamos que isso é verdade e - sejamos novamente generosos... - estamos perante o número mais simpático: este ano, ardeu metade do que ardeu no ano passado.
Isto, é claro, é só a minha generosidade a trabalhar, já que PAV, por muitas contas que faça, chega sempre à conclusão de que as coisas estão más e só podem piorar.
Apesar desse quadro negro, PAV mantém o sentido de humor. E compara o incomparável.
Em Espanha, a única região que é comparável com Portugal é a Galiza - o resto, ora é meseta desértica (floresta, onde?), ora é mediterrânica, ora é zona dos Pirinéus, de características completamente diferentes das nossas.
A Galiza, sim, é toda ela coberta de floresta de crescimento rápido, em continuo. Só que com uma vantagem enorme face a Portugal - o clima: temperaturas mais amenas, humidade mais elevada. Mesmo assim, foi o que se viu este Verão...
Obviamente, esta conversa não leva a nada. PAV, por muitas contas que faça, chegará sempre à tal conclusão - este ano, apesar de ter ardido o que ardeu (quanto era, mesmo?) terá sido sempre um dos piores anos. E nem vale a pena contra-argumentar. No que escrevi anteriormente, a par dos elogios, havia críticas. Mas isso não conta - apenas interessa desmontar o elogio. Pela minha parte, estamos conversados.
[circuito fechado: esta conversa não tem, obviamente, qualquer pressuposto para além do seu valor facial, uma simples troca de ideias. Não há confusão possível.]