sexta-feira, junho 23, 2006

Pequeno divertimento

Um tal de João Villalobos (espero ter dobrado os ll certos) sentiu-se gozado (a expressão é dele...) por um apontamento que fiz sobre um texto involuntariamente humorístico que escreveu no Corta-Fitas, no qual dizia que Cavaco é o primeiro Presidente suprapartidário (!). Vai daí, teve de ripostar. Muda de tema - a crítica - e, para abrir as hostilidades, aponta aquilo que diz ser a minha falta de coragem. Intelectual, diga-se.
A argumentação, essa, é fabulosa. Parece que não interessa nada que, na área cultural, existam capelinhas, interesses económicos, dependências. Interessa lá isso... Interessa é que, do lado dos media, existem «amiguismos» (parece que foi aqui que essa conversa começou).
E depois, é claro, lá vem a cantilena do consenso e da concentração dos media. Consenso? Em algum ponto da História de Portugal, da Humanidade, do Universo, houve a possibilidade de tantas vozes dizerem o que pensam? Alguma vez as várias correntes culturais, estéticas, etc tiveram tanto espaço em toda a sorte de media? Concentração? Só grandes players são cinco (Estado, Igreja Católica, Impresa, Cofina, Controlinveste), isto para não falar do resto.
O mais curioso é que nos comentários do mesmo post, o Villalobos diz que faz «divulgação», mas não crítica, na Blitz (será a sério? não conheço a Blitz e nos textos do Villalobos fico sempre com dúvidas se fala a sério). A ser verdade, é divertidíssimo...
Enfim, um dia destes tenho de convidar o Villalobos para um café. Curiosidade... Para um duelo não, acho que não tenho coragem.





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