terça-feira, maio 23, 2006
Adenda V. Y punto
Agora desatou tudo a falar de estudos sobre os 70% de notícias oriundas de «fontes organizadas». Um absurdo.
Como é possível meter no mesmo saco as agências de notícias (que se orientam por princípios jornalísticos) e os gabinetes de imprensa (que são órgãos de propaganda)?
Mas há mais. E mais grave. Por exemplo, a manchete do DN de hoje: Registo de aves sem fiscalização. A fonte é um gabinete de imprensa, mas a notícia resulta de perguntas feitas por jornalistas. No caso, duvido que o gabinete do ministro tivesse algum interesse em noticiar aquele facto. Em que categoria colocariam os tais investigadores universitários essa notícia?
Mas há mais. E ainda muito mais grave. Desenterram-se estes estudos - cuja finalidade é mostrar como os jornalistas são uns tontos manipuláveis - quando eles nem sequer vão (porque não podem...) ir ao essencial da questão. Aposto: nenhum investigador universitário conseguiria registar uma notícia colocada por uma agência de comunicação nem que ela lhe mordesse. O trabalho das agências de comunicação é, na maioria dos casos, de enorme subtileza. Diria mesmo que a maioria - se não a totalidade - das notícias colocadas por agências de comunicação estão no grupo daquelas que os investigadores acham que são da exclusiva lavra dos jornalistas...
Como é possível meter no mesmo saco as agências de notícias (que se orientam por princípios jornalísticos) e os gabinetes de imprensa (que são órgãos de propaganda)?
Mas há mais. E mais grave. Por exemplo, a manchete do DN de hoje: Registo de aves sem fiscalização. A fonte é um gabinete de imprensa, mas a notícia resulta de perguntas feitas por jornalistas. No caso, duvido que o gabinete do ministro tivesse algum interesse em noticiar aquele facto. Em que categoria colocariam os tais investigadores universitários essa notícia?
Mas há mais. E ainda muito mais grave. Desenterram-se estes estudos - cuja finalidade é mostrar como os jornalistas são uns tontos manipuláveis - quando eles nem sequer vão (porque não podem...) ir ao essencial da questão. Aposto: nenhum investigador universitário conseguiria registar uma notícia colocada por uma agência de comunicação nem que ela lhe mordesse. O trabalho das agências de comunicação é, na maioria dos casos, de enorme subtileza. Diria mesmo que a maioria - se não a totalidade - das notícias colocadas por agências de comunicação estão no grupo daquelas que os investigadores acham que são da exclusiva lavra dos jornalistas...