quarta-feira, fevereiro 01, 2006
Se cá nevasse
O Luís Sequeira [Abnegado] - numa caixa de comentários aí em baixo - insiste na ideia de que os noticiários deram tempo a mais à neve.
Este - a importância que os medias dão às coisas - é uma discussão cíclica nos blogues. Felizmente, desta vez, a conversa não gira à volta de qualquer tragédia ou exploração de dôr alheia...
A questão fundamental na televisão portuguesa - acho que é isso que está fundamentalmente em jogo - é a duração dos telejornais. Os países civilizados têm telejornais de meia hora. Por cá, chegamos a ter uma hora e meia e temos, em média, uma hora. Isso conduz a uma total distorção das coisas - o espaço de informação torna-se espaço de lazer. O chamado infotainment, que, em doses maiores ou menores, comporta a tabloidização.
Eu não gosto disto. Prefiro, de longe, as sínteses secas de informação. Que haja temas desenvolvidos em programas temáticos, é outra coisa. Que existam espaços (de manhã, à tarde, ou mesmo late night) em que a informação se distende e se cruza com passatempos, entrevistas, conversa, ou mesmo música, também aceito. Mas nada disto substitui o bom e velho noticiário.
No entanto, no contexto actual do funcionamento do sistema mediático, não me parece que o tempo/espaço dado à neve tenha sido demasiado. Foi um caso inesperado, que mexeu com muita gente. E há aquele lado quase mágico da neve num país de sol, que brinca com o nosso imaginário.
Este - a importância que os medias dão às coisas - é uma discussão cíclica nos blogues. Felizmente, desta vez, a conversa não gira à volta de qualquer tragédia ou exploração de dôr alheia...
A questão fundamental na televisão portuguesa - acho que é isso que está fundamentalmente em jogo - é a duração dos telejornais. Os países civilizados têm telejornais de meia hora. Por cá, chegamos a ter uma hora e meia e temos, em média, uma hora. Isso conduz a uma total distorção das coisas - o espaço de informação torna-se espaço de lazer. O chamado infotainment, que, em doses maiores ou menores, comporta a tabloidização.
Eu não gosto disto. Prefiro, de longe, as sínteses secas de informação. Que haja temas desenvolvidos em programas temáticos, é outra coisa. Que existam espaços (de manhã, à tarde, ou mesmo late night) em que a informação se distende e se cruza com passatempos, entrevistas, conversa, ou mesmo música, também aceito. Mas nada disto substitui o bom e velho noticiário.
No entanto, no contexto actual do funcionamento do sistema mediático, não me parece que o tempo/espaço dado à neve tenha sido demasiado. Foi um caso inesperado, que mexeu com muita gente. E há aquele lado quase mágico da neve num país de sol, que brinca com o nosso imaginário.