segunda-feira, dezembro 05, 2005

Cruz, canhoto

O artigo de Bagão Félix (oh que saudades...) no DN de domingo sobre a polémica dos crucifixos merece toda a nossa atenção. Porque é um condensado da linha de defesa da igreja católica, da linha oficial, daquela que, sempre dizendo o contrário, acha que ainda manda no Estado, que o Estado lhe deve muito e que, por isso, é merecedora de todos os privilégios do Estado.
Cada ponto que Bagão alinha é rebatível, mas não vale a pena. Sermões aos peixes... Fiquemo-nos por essa afirmação que tudo resume: «para proteger as minorias, nada melhor que desprezar as maiorias!» Precisamente... A igreja católica, a igreja instituição, encara o seu ofício como algo entre a política e o futebol - um jogo de contagem de cabeças, com derrotados e vencidos. Não é de nada disso que se trata, mas também não vale a pena explicar-lhes, porque eles sabem. Só fingem não saber.

PS: o artigo de Bagão passa, porém, por uma questão interessante - porque não abdicam os políticos dos privilégios/benefícios da religião? Exemplo: por que carga de água hão-de o Presidente da República e o primeiro-ministro assistir a uma missa por Sá Carneiro?





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