quinta-feira, outubro 20, 2005

I just miss all the bliss

Copiar, mastigar, baralhar, estereotipar. Nem sempre é mau, sem sempre dá mau resultado.
Por exemplo, os Acid House Kings. Aquilo é anos 70, anos 60, anos 90 e até anos 80. Feito na Escandinávia, como se de um produto de design se tratasse. Um Ikea da moda. Lindíssimo, confiável, mas... não sei se me entendem. Aquilo é tudo bonito, é tudo bom, mas é também tudo um pouco do mesmo e, enfim, qualidade, qualidade, é outra coisa.
Os Acid House Kings são assim. Uma das melhores coisas dos últimos tempos. Canções tão perfeitamente escritas, tão perfeitamente cantadas, tão perfeitamente orquestradas, tão... que desde p'raí dos Abba que não se ouvia nada assim. E no entanto, aquilo é música de laboratório. Não há uma nota fora do sítio, melhor, todos os sítios têm a sua nota. Nota a nota.
O disco é todo muito bom de uma ponta à outra. E de uma alegria contagiante. O que é de desconfiar, nestes tempos traiçoeiros. Dou comigo a pensar no que terá dado àqueles tipos, fechados num laboratório musical, para começarem a fazer uma música tão agradável. Não é de desconfiar? Não é de desconfiar, por exemplo, de coisas destas:
I just miss all the bliss, and the sweetness that followed ?





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