sexta-feira, junho 30, 2006

Anti-maquiavel

Surpresa. Afinal, Sócrates aproveitou o Mundial para fazer uma coisa positiva, em vez de uma maldade.

Por um mundo melhor

kuem diria kue seria possivel aumentar a produtividade da escrita em io%, talvez zo%, mantendo a legibilidade intacta obrigado fernanda a blogosfera inteira agradecer+lhe+a esta magnifica contribuicao sao projectos desta grandeza kue vao ajudar ao sucesso do chokue tecnologico estou akui a pensar sera que os espacos fazemmesmofaltaoupoderemosignora+los

Ou

O método câncio aperfeiçoado por jcd.

quinta-feira, junho 29, 2006

Oh boy

Noticiam hoje os jornais que Boy George vem em Julho a Portugal. Eduardo Pitta [Da Literatura] é que deve estar satisfeito.

Volta, estás perdoado

Não pude deixar de soltar uma lágrima (furtiva, é certo), enquanto assistia à Quadratura do Círculo. Discutia-se Santana por ocasião do seu regresso à Assembleia e, presumo, tendo como pano de fundo o seu 50.º aniversário. Dizia um que, sim senhor, tem direito ao sofá e até a mais. E porque não uma pensãozinha?, atirava outro. E um lugar no protocolo de Estado?, magicava outro. E que injustiçado que ele anda a ser? E logo pelo próprio partido... Ninguém falou em estátua, talvez porque porque o tempo urgia.
É assim em Portugal. A justiça, mais cedo ou mais tarde, acaba sempre por chegar. A hora do dr. Santana aproxima-se. Novos voos o esperam, queira ele voar. Comissão de Honra já tem.

Eu no Metro [*]

Estas greves do Metro na hora de ponta têm um efeito tonificante na cidade. Na terça-feira, foi o caos absoluto. Hoje, também. Mas já foi um caos vigiado - havia polícia em cada esquina garantindo que nada pertubava o normal engarrafamento da situação. Acho que mais uns dias e a cidade iria ao sítio - em cada esquina, ao lado do polícia, o distribuidor do Metro, o vendedor de cachorros, talvez o «quéfrô»...
De qualquer forma, o prémio Vladimir Ilyich para o Sindicalismo Consequente do mês de Junho não vai para o senhor Sucena da Fenprof, nem para o senhor Maia do JN, mas sim para um senhor de que niguém sabe o nome, mas que tem poder para desactivar a linha amarela, pôr fora de serviço a linha azul e, quem sabe?, dinamitar a vermelha. A vermelha - vão por mim - é a linha justa.

[*] A Zazie já não mora cá.

quarta-feira, junho 28, 2006

Graham Greene com pedaços de morango

Uma das últimas vezes que comprei iogurtes, ofereceram-me uma peça de roupa (t-shirt, top?) assinada por Maria Gambina (what a name!).
Regressei ao lugar do crime. Desta vez, os iogurtes Dan'up ofereciam livros. Trouxe O Fim da Aventura, Graham Greene com tradução e prefácio de Jorge de Sena, 250 páginas (ed. Asa).
Já não há respeito pelas coisas sérias, é o que é.

Remake, remodel

Um dos problemas das remodelações (o eng.º Guterres que o diga) é que alguns ministros fazem menos estragos lá dentro que cá fora.

Modernices (2)

Moderno por moderno, prefiro o da Economia. O corte dos fatos, o gosto pela arte da fotografia, a classe.

Modernices

Acho uma injustiça o que andam por aí a dizer sobre aquela coisa do mail nos CTT. Uma pessoa olha e ouve o ministro Mário Lino e o homem transpira modernidade.

terça-feira, junho 27, 2006

A impossibilidade do debate

Porque é impossível debater assuntos sérios em Portugal? Porque há sempre quem argumente com aquilo que simplesmente não existe. Por exemplo:

Repare-se no ex. dos suplementos culturais, em escadinha: 1.º vem o espectáculo de massas mais comercial possível (pop, Hollywood, etc.), depois os concertos, as artes plásticas, e, por fim, um cheirinho do restante: a secção dos livros, o teatro, outras músicas, as artes performativas (no caso de estarem todos representados, o que não é garantido).

Vocês conhecem algum suplemento cultural com este alinhamento? Eu não.

What makes the world go around?

Com tantas oportunidades de negócio à vista no seu sector, será que o mui dinâmico empresário Patrick Monteiro de Barros não quererá deslocar-se um dia destes a Díli? Sem patriotismos, nem solidariedades. Puro negócio.
Com o nome próprio que ostenta, até pode ser que passe por australiano. Ah... o interlocutor, esta semana, é o sr. Gusmão. Para a semana, logo se vê.

segunda-feira, junho 26, 2006

O lugar que se deseja

António Pires de Lima, designado presidente de uma fábrica de cervejas, vai manter o lugar de deputado. De acordo. Mas uma pergunta: e os tremoços, quem leva?

Um caso

A televisão disse que, lá em casa, tinha retratos de João Paulo II. E de Salazar, talvez por ser da terra. Diz que dedicou a vida à causa pública, pela ordem e pela grei, na GNR. Diz o jornal que ia à missa aos domingos. E, claro, era um animador da Casa do Benfica. Diz que no último domingo estava no campo da bola a ajudar. Os vizinhos tinham naquele reformado um amigo. E ainda tinha tempo para a assembleia de freguesia. Um exemplo de civismo.
Nos últimos tempos, deu-lhe para matar raparigas que metia em sacos de plástico e atirava ao rio. Parece que as castigava por pequenos pecados. Às vezes acontece.

domingo, junho 25, 2006

Algum dia tinha de ser

Este blogue é, a partir de agora, um blogue colectivo.

Faz hoje três anos, começava a ser publicado o melhor blogue português.



Definham os jornais, não o jornalismo

Whatever you do, don't mistake the decline of newspapers with the decline of journalism. Much of what we're witnessing is the delayed right-sizing of newspapers and newspaper publisher and editor egos in the multimedia age. Many papers, the Los Angeles Times in particular, are still paying for expanding their circulation areas too far beyond their geographic cores. The closures of foreign bureaus and downsizing of Washington offices by newspapers are much lamented by journalists, but how essential are they in an age when any reader can call up on his screen free coverage by the top U.S. dailies and the foreign press?
Like the ailing—but much alive—character prematurely tossed onto the meat wagon in Monty Python and the Holy Grail, newspapers are right to shout, "I'm not dead!" In their dying, the best newspapers are plotting—and experiencing—rebirths as multiplatform news companies. They're building out their Web sites, investing in free daily tabloids, partnering more extensively with radio and TV, sending advertiser-supported news to cell phones, and frantically devising business models to make the new equation work.

[Jack Shafer, in Slate, 24.06.06]

sábado, junho 24, 2006

Do Estado

Tenho para mim que um dos motivos do nosso irremediável atraso nem passa pela falta de concretização, mas sim pela própria discussão. Não conseguimos discutir, perceber o problema, organizar a informação.
Exemplo disso é a polémica parlamentar e extra-parlamentar acerca do protocolo do Estado. Do Estado, insisto. Um documento que se destina a organizar a geografia público do Estado, dos seus representantes, das suas instituições.
No entanto, rapidamente o debate resvalou para aquilo que não deveria ser - se a Igreja Católica deve, ou não, ter lugar. Se a alegada família real também pode lá estar.
Equívoco total. O protocolo é do Estado. Que eu saiba, a Igreja Católica não integra o Estado português, nem a «família real» é uma estrutura da República em que vivemos.
Parece-me evidente que os representantes dessas duas entidades podem ser convidados e estar presentes em cerimónias oficiais. Não me parece nada normal é que, sequer, se discuta se devem ocupar qualquer lugar reservado às figuras do Estado.

Post scriptum

É claro... alguma coisa já se ganhou com esta pequena polémica. O Daniel colocou um link do blogue do Villalobos no seu próprio blogue. É o próprio que o diz, num comentário afectuoso. Amiguismos...

Será isto possível?

E como discutir com alguém que, quando eu escrevo isto:

O Daniel desconhece, por exemplo, que os media são estruturas hireraquizadas - há competências/responsabilidades atribuídas a cada nível, sendo que, obviamente, os níveis mais elevados têm mais poder. O topo da pirâmide é responsável por tudo o que se escreve/diz, ou não. Mesmo à luz da lei. E isso nada tem a ver totalitarismo ou coisa parecida. E finge não perceber uma coisa básica - se há conflito de interesses em qualquer ponto da estrutura é ao topo da pirâmide que compete decidir (e é disso que se trata no caso de que fala). Tudo isto me parece cristalino.

conclui isto:

Mantém implícito que só o director do DN pode escolher os livros a recensear, como se fosse um universal adquirido. ?

Obviamente, não há conversa possível.

Pequeno divertimento (2)

O Villalobos, imagine-se, comenta os posts do Daniel Melo [Fuga para a Vitória] sobre estas matérias. Devem ser da mesma capelinha (era a brincar, rapaziada, era a brincar...)
O Daniel (que me trata por dr. - isto entre académicos fia mais fino) é um viciado em lugares-comuns e em escrever sobre realidades que desconhece. Ah, é claro, e adora a palavra «demagógico». Fixações...
O Daniel desconhece, por exemplo, que os media são estruturas hireraquizadas - há competências/responsabilidades atribuídas a cada nível, sendo que, obviamente, os níveis mais elevados têm mais poder. O topo da pirâmide é responsável por tudo o que se escreve/diz, ou não. Mesmo à luz da lei. E isso nada tem a ver totalitarismo ou coisa parecida. E finge não perceber uma coisa básica - se há conflito de interesses em qualquer ponto da estrutura é ao topo da pirâmide que compete decidir (e é disso que se trata no caso de que fala). Tudo isto me parece cristalino.
Depois vem o chorrilho de lugares-comuns - que os media não são plurais, que são corporativos, não aceitam a crítica.
Convinha que alguma destas coisas tivesse qualquer colagem à realidade. Eu não consigo lembrar-me de nenhum caso em que os media (um media...) tenha silenciado deliberada e sistematicamente uma opinião, um gosto estético, uma parte interessada (quererá o Daniel dar exemplos?). Outra coisa, bem diferente, é o direito que os media (e toda a gente...) tem de fazer escolhas.
Quanto a não aceitar a crítica, obviamente o Daniel anda muito desatento. Media que têm Provedor, espaço para cartas dos leitores, espaço de opinião em que aceitam textos de dezenas de pessoas, espaços em que abrem polémicas sobre assuntos concretos...
O problema do Daniel é o problema da generalidade das pessoas que entram em debates em Portugal - as suas opiniões são sempre mais válidas que as dos outros. No caso dos media - e as cartas aos leitores e aos provedores são bons exemplos - a arrogância de quem critica é geralmente enorme. Os media podem dar as explicações que quiserem. Por mais razoáveis que sejam, os críticos acharão sempre que têm razão.
(Ah, é claro, o meio académico em Portugal é muito aberto à crítica. Prova disso são os textos do Daniel...)

sexta-feira, junho 23, 2006

Pequeno divertimento

Um tal de João Villalobos (espero ter dobrado os ll certos) sentiu-se gozado (a expressão é dele...) por um apontamento que fiz sobre um texto involuntariamente humorístico que escreveu no Corta-Fitas, no qual dizia que Cavaco é o primeiro Presidente suprapartidário (!). Vai daí, teve de ripostar. Muda de tema - a crítica - e, para abrir as hostilidades, aponta aquilo que diz ser a minha falta de coragem. Intelectual, diga-se.
A argumentação, essa, é fabulosa. Parece que não interessa nada que, na área cultural, existam capelinhas, interesses económicos, dependências. Interessa lá isso... Interessa é que, do lado dos media, existem «amiguismos» (parece que foi aqui que essa conversa começou).
E depois, é claro, lá vem a cantilena do consenso e da concentração dos media. Consenso? Em algum ponto da História de Portugal, da Humanidade, do Universo, houve a possibilidade de tantas vozes dizerem o que pensam? Alguma vez as várias correntes culturais, estéticas, etc tiveram tanto espaço em toda a sorte de media? Concentração? Só grandes players são cinco (Estado, Igreja Católica, Impresa, Cofina, Controlinveste), isto para não falar do resto.
O mais curioso é que nos comentários do mesmo post, o Villalobos diz que faz «divulgação», mas não crítica, na Blitz (será a sério? não conheço a Blitz e nos textos do Villalobos fico sempre com dúvidas se fala a sério). A ser verdade, é divertidíssimo...
Enfim, um dia destes tenho de convidar o Villalobos para um café. Curiosidade... Para um duelo não, acho que não tenho coragem.

quinta-feira, junho 22, 2006

He's baaaack...

Em circunstâncias normais, eu diria que os tontos seríamos nós (jornalistas, bloggers, comentadores em geral...), todos muito excitados. Que, sim, nós fazemos o mal e a caramunha, deitamos os foguetes, a festa etc e tal. Enfim, que só nos podemos queixar dos fenómenos que inventamos.
Mas Santana é Santana. E ele está de regresso!

Ai a Torre Eiffel !

Contrary to fears on both sides of the Atlantic, integrating Europe's Muslims can be done.

É de roer de inveja. A capa [edição de amanhã] e a ideia. Bem vistas as coisas, uma banalidade. Que a integração de diferentes culturas, civilizações, religiões pode ser feita já a História nos mostrou inúmeras vezes. Só que vivemos tempos estranhos, crispados. E sacamos da pistola mal ouvimos falar em diálogo, conciliação, negociação... Estamos em guerra. Uma soft war, é certo. Mesmo assim, guerra.

Ainda a crítica

Um dos aspectos mais curiosos na pequena polémica que por aí anda acerca da crítica é que, em última instância, tudo se resume ao problema do acesso aos media. E o assunto até seria discutível se fosse colocado num plano mais sério - os critérios, os mecanismos, etc -, mas não. Mais tarde ou mais cedo, os polemizadores acabam por reconhecer que eles têm um problema de acesso ao media. É um problema de primeira pessoa, que se compreende por ser a vaidade uma característica própria dos humanos, mas é também uma questão de cliques, capelinhas, grupos de interesse. E aí surge outra dificuldade do debate. Denunciar o suposto amiguismo por detrás de algumas páginas de media é fácil - trata-se de um acto casuístico, relativamente lúdico até. Mas quem faz essas críticas não terá telhados de vidro igualmente interessantes? Não haverá amiguismos desse lado? Não haverá capelinhas universitárias? Dependências mesmo? Interesses económicos até?
E depois há coisas que bradam aos céus.
Ele são as traduções que só são boas quando os livros não vendem (!). Ele há gente -é a sério, li há dias num blogue - que questiona a legitimidade dos directores para definirem os conteúdos que os seus jornais publicam (!!!). Enfim, uma carreira de dislates com as quais obviamente não se deve perder tempo.
Mas há ainda uma questão de fundo, de inteligência, que me espanta fundamentalmente nesta polémica.
Hoje, os mecanismos de difusão das obras culturais estão incrivelmente democratizados. Há uma multiplicidade de suportes e orientações mediáticas como nunca houve na história. Há, fora dos media tradicionais, possibilidades imensas para essa mesma divulgação. Não percebo porque acha certa gente que a opinião deles, o gosto deles, deve suplantar essa possibilidade democrática. Ou melhor, percebo. Mas acharão eles que os outros são parvos?

terça-feira, junho 20, 2006

Da vaidade

Há pessoas que escrevem livros que ninguém lê. Que o Estado edita com o dinheiro dos nossos impostos (o que me preocupa nem é tanto a edição, mas a pipa de massa que se gasta na transformação daquilo em pasta de papel). Os temas de tais obras serão tão interessantes que apenas meia dúzia os podem tragar. Isso pouco importa. Era dessa matéria-prima que os jornais, talvez as televisões, talvez o mundo, deveriam ser compostos. Esse mundo que olham com tédio, desdém, nojo até. Porque só eles entendem, só eles podem entender, a importância, talvez a beleza, das coisas. O resto são néscios.
Mais pormenores em Esplanar e Da Literatura.

Milagre, milagre

o céu voltou a dançar nos céus de Portugal: Em primeiro lugar que Cavaco Silva quer ser, já é, um presidente supra-partidário. O primeiro desde o 25 de Abril.

A luta contra o terrorismo

pode fazer-se de várias maneiras. Por exemplo:
1. De forma retórica, fanfarrona, do tipo «não cederemos», «é uma luta de civilizações», não negociar, não ceder, não não sei o quê.
2. Ou, então, utilizando todos os meios que as democracias têm ao seu alcance (e que, já agora, nos distinguem deles...). Assim: «ETA ha recibido el golpe más duro desde que decretó su tregua. Las fuerzas de seguridad de España y Francia han detenido a doce personas (siete en el país galo y cinco en España)».

segunda-feira, junho 19, 2006

shiiuu

... não digam nada a ninguém.
parece que a nova lei da segurança social tem lá uns castigos para quem não tem filhos. ou tem poucos. chamam-lhe «incentivo à natalidade». mas é a mesma coisa.

à atenção de jpp (*)

«Espero que esta energia positiva [em torno do Mundial de Futebol] que se tem vindo a criar em Portugal de norte a sul também seja utilizada para o desenvolvimento do país, para a recuperação da nossa economia, para o aumento do bem-estar da nossa sociedade»
Cavaco Silva, citado pela Lusa.

(*) o inlinkável; e também do João Gonçalves.

Txapote

Negociar para - por exemplo - tentar impedir que outros «Txapotes» floresçam lá ou noutro sítio.
Em alternativa, podemos sempre dar um tiro nos cornos ao «Txapote». O resultado é que outros «Txapotes» se seguiriam e passaríamos a ser dois terroristas «à mesa».
[Aliás, o próprio julgamento é um disparate. Como diz HM, o gajo é «o homem que disparou». Perder tempo para quê? Al paredón...]

Cavaco (ii)

Uma das coisas de que mais gosto nos blogues é o imediatismo. Uma pessoa pensa uma coisa e - zás - escreve. Por exemplo, o Nuno Simas [Glória Fácil] escreveu, NA SEXTA-FEIRA, um texto chamado Cavaco (i). E agora só vai escrever Cavaco (ii) se e quando lhe apetecer. Muito bem!

domingo, junho 18, 2006

O 9

Atento à forma esfarrapada como O Professor justificou há bocadinho o 9 ao ministro da Agricultura, pergunto eu: do quê mesmo é que o ministro é acusado?

Não quero que vos falte nada

Aos blogues do costume: se vos faltar assunto (enfim, é domingo, há o Mundial...) tomem lá. De borla:
El presidente de Bolivia, Evo Morales, ha anunciado este sábado que entregará a Fidel Castro, presidente cubano, por su 80 cumpleaños, un pastel de harina de coca, como "símbolo lanzado al mundo" de que esa planta puede utilizarse de diversas maneras y no exclusivamente como droga. Morales, admirador declarado del castrismo y del líder venezolano Hugo Chavez, ha destacado su invitación a las celebraciones previstas con motivo del aniversario del presidente cubano el 13 de agosto en La Habana.
El Pais, 18.06.06.

O trio dinâmico

às vezes, interrogo-me por que raio de razão ainda conseguimos viver aqui. que alguém se apresente nestes preparos para declarar à nação que «cavaco e sócrates têm uma grande dinâmica de reforma» é já motivo qb.

quinta-feira, junho 15, 2006

Última hora

Demitiu-se o Presidente Bush.

Oh... desculpem. Precipitei-me...
Afinal foi apenas o gajo que lhe escrevia os discursos. Michael Gerson, the evangelical Christian who coined the phrase "axis of evil".

The American Dream

Ao pessoal que passa os dias a criticar a «velha Europa», o «esgotamento do modelo social europeu» e a «crise francesa», recomenda-se vivamente a Economist de amanhã [a capa é da edição americana].
Ficam aqui os títulos do artigo de fundo e do editorial [quem quiser ler tudo, tem bom remédio: é só comprar...]:
Inequality in America - The rich, the poor and the growing gap between them;
Inequality and the American Dream.

Pois é, isto da crise, do modelo económico, eu sei lá..., toda a todos.

Dia de quê?

Hoje é então o tal dia (de quê, precisamente?) feito feriado nacional em virtude (!?) da teimosa confusão que o Estado continua a fazer entre o seu papel e o da Igreja Católica.
Isto resolvia-se, é claro, se todos aqueles (eu, às vezes...) que passam a vida clamar contra as honras protocolares do Patriarca, mais os crucifixos nas escolas, mais as missas em directo no serviço público se tivessem apresentado hoje ao serviço e pondo muito claramente: eu, deste feriado, abdico.

quarta-feira, junho 14, 2006

Agora coço eu

Eu, que me encanito com blogues que disparam música, tenho de reconhecer que pus a Bomba a rodar atrás do Blogger. Return to Sender é uma das canções mais divertidas do Elvis. Uma pena que o Roberto Carlos nunca tenha feito uma versão.
Aproveito o despropósito para parabenizar o Portugal dos Pequeninos. Por blogar sem parar e por nos recordar o Variações no dia da sua morte. Anda por aí um disco (best of) muito engraçado -pegaram numas cassetes caseiras que o gajo deixou numa caixa de sapatos e colaram-lhe as gravações que nós já conhecíamos. Eu preferia que tivesse sido diferente - que num disco estivesse a caixa de sapatos e no outro o resto. Mas, enfim... Ah, sintomática a canção escolhida pelo João.
Bom, quanto à Scarlett, eu gosto mesmo é da voz. A sério. E acho imensa graça ao filme de onde foi tirada aquela foto - ela faz de amada enganada, o filme é um bocadito tipo série TVI filmada há dois séculos, mas são estas as coisas que nos divertem. O Variações é que sabia. E o Elvis também.
Bom dia.

terça-feira, junho 13, 2006

Concorrência no Conselho de Estado

Ainda bem que o professor Marcelo suspendeu a missa dominical. Agora que o Presidente da República anda por aí a fazer exames públicos aos ministros.

Pum, pum, bit, bit

A notícia que tanto temia vem esta semana na Economist (tinha de ser...). Há uns meses que duas empresas - uma em Nova Iorque, a outra em Barcelona (!) - estão a usar computadores para testar a música antes de ela chegar ao mercado. Para o software (dois programas concorrentes), tanto se lhe dá que seja Vivaldi como Dylan, ele tudo compila, compara, cataloga. E depois diz a quem pagar - as majors da indústria musical já lá estão todas - o que vai ser sucesso, o que é copiado, o que nem vale a pena editar.
Nós já sabíamos que era assim - nas editoras, há quem faça isto há décadas. Só que, até agora, o factor humano permitia o erro. E quantas vezes é no erro que está a beleza?
É também verdade que toda a música pode, em última instância, ser reduzida a fórmulas matemáticas e até há que veja nisso poesia.
Mas a ideia de que aquelas 12 faixas do CD foram passadas a pente fino (quem sabe se inventadas?) por um computador...

Amanhã em Telavive

Entretanto... o Médio Oriente continua a ser um excelente sítio para se viver: Seven civilians killed in IAF missile strike in Gaza.
Porém, sublinha o ministro da Defesa de Israel: «in every operation the IDF carries out, one of the things that we take into consideration, which leads us to take more risks, is the need to make every effort to avoid harming innocent civilians».
O que nos deixa muito mais descansados.

Amizade é mesmo assim

President Bush made a surprise visit to Baghdad today and held direct talks with Iraq's Prime Minister.

segunda-feira, junho 12, 2006

Da ironia









Divertido é abrir o blogue onde Pacheco Pereira se queixa do «pensamento único» da «futebolândia» e ver o computador invadido por uma janela publicitária de uma coisa chamada iLead [presumo que se trata de um patrocínio de um qualquer contador...] cheia de anúncios a... futebol.

[o cartoon saiu hoje no DN e é do Bandeira].

Da tolerância

Um dos últimos visitantes deste blogue chegou aqui após ter teclado «tolerância de ponto dia 16 de Junho de 2006» no Sapo. Puro engano.

Do suicídio

Um suicídio na prisão de Guantánamo ainda é suicídio?

domingo, junho 11, 2006

Warm up the virgins

[via Ponto Media].

E aposto que, desta vez, ao contrário do que aconteceu com os cartoons, não vai haver problema. O contexto, o contexto...

Por falar em arrastão...

Há uns dias, um jornal noticiou a detenção de um grupo de estrangeiros que se encontravam ilegalmente em Portugal. Essa situação de ilegalidade comprovava-se pelo facto de não estarem na posse dos necessários documentos de identificação.
O Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas enviou então um ofício a esse jornal com a posição em que aconselha autoridades e media a que:

«evitem revelar, nas suas comunicações oficiais ou oficiosas de operações realizadas, a nacionalidade, a etnia, a religião ou a situação documental de qualquer alvo de acção policial ou inspectiva ou de presumíveis autores de ilícitos criminais ou administrativos.»

Pergunto eu como será possível publicar a notícia a que me refiro omitindo a nacionalidade e a situação documental. Talvez assim: «A polícia prendeu ontem umas pessoas. Porque sim.» Ou será que, em obediência ao politicamente correcto, essas notícias não devam pura e simplesmente dadas? Não será isto um novo totalitarismo?

sábado, junho 10, 2006

Clap, clap, clap...

Maria Filomena Mónica, na quarta-feira ao DN: «Os deputados são incultos, preguiçosos e não são eleitos da forma correcta.»
José Medeiros Ferreira, no Bicho Carpinteiro: «Caso venham a existir os círculos uninominais acho que a Filomena Mónica deve à Pátria a disputa de uma cadeira na Assembleia da República. Um dia será moda ser-se deputado excepcional.»

Bom de bola

E o vencedor para o melhor post sobre o primeiro dia do Mundial da Alemanha é... [Mar Salgado versão PC].

sexta-feira, junho 09, 2006

A medalhinha

A condecoração que Cavaco Silva confere este ano a Daniel Sampaio é o exemplo mais acabado do regime em que vivemos.

Abaixo de Carrilho

A forma como Gabriel Silva [Blasfémias] comenta este post do Contrafactos [É que o jornalista é o mesmo, tem um biscate na Antena 1 e deve ser avençado em partime na Lusa] é um excelente exemplo do tipo de crítica que a maior parte dos blogues está a fazer aos media. Abaixo de Carrilho...

Os cães

A associação da extrema-direita aos sindicatos da polícia - NA SEQUÊNCIA DE DECLARAÇÕES XENÓFOBOS DE DIRIGENTES SINDICAIS - é a notícia mais reveladora e preocupante das últimas semanas.

E com as mãezinhas deles?

Ao JPH [Glória Fácil] recomendo a leitura do texto EPC, páginas 106-108, de uma coisa de capa verde que se vende em qualquer livraria (NOTA: não sugiro a compra, aquilo é coisa que se lê em pé, um minuto..) chamada Não É Fácil Dizer Bem.
Dir-se-á: mas é um mero exercício de estilo, divertido até. Pois, digo eu: e porque não vão fazer exercícios de estilo com as mãezinhas deles?

quinta-feira, junho 08, 2006

E que quer que lhes pergunte?

É verdade. Também vi. Até me fez lembrar uma reportagem que passou há dias sobre o Roteiro para a Inclusão. Pé de microfone puro. Nada de perguntas, nada de questionamentos. Puro debitar de spin. Verdadeiramente, até ficava sem se perceber muito bem o que era aquilo precisamente. Para que servia aquilo...
Prefiro, de longe, jornalistas que fazem perguntas, que põem dúvidas, que pensam, que reflectem, que nos obrigam a pensar. Exemplos? Olhem, aqueles que estiveram no Iraque. Ahhh.. esses também não servem?
Pois é, jornalistas críticos e incomodativos é tudo muito bom. Mas só se incomodarem quem nós achemos que deve ser incomodado, só se fizerem as perguntas que nós achamos que devem ser feitas. Uma chatice!

Detractor de spin (II)

Certíssimo caro Paulo [Bloguitica]:
1. «Criticar quando se entende que existe alguma coisa para criticar e elogiar quando se entende que há alguma coisa para elogiar» - é por isso que faz tanto sentido dizer que «António Costa tem boa imprensa» como dizer que «Freitas do Amaral tem maus blogues» (ou não será verdade?). A permanente insinuação de que os media obedecem, ora ao sentido de manada, ora a algo mais obscuro, não cola com a realidade (e a insinuação subjacente de que no mundo dos blogues tudo é tratado com lisura e de forma transparente, aspas aspas).
2. Quanto aos não-acontecimentos:
- não me parece que seja possível tirar conclusões sobre política de combate a incêndios a partir de um fim-de-semana;
- parece-me que quanto ao envio da GNR para Timor, alguns blogues (o Bloguitica é um deles) colocam no mesmo plano o importante - o estatuto e enquadramento da participação de Portugal -, com o incidental - as peripécias sobre datas e aviões. A trapalhada deriva mais dessa pulsão pelo comentário que da própria realidade.
PS: já agora, porque haveriam os jornalistas que escrevem nos blogues de comentar o escarro publicado há dias pelo Correio do Manhã? Os jornalistas, pelos vistos, são sempre corporativos... nos ministros que protegem e até nos silêncios que organizam. Espantoso.

Detractor de spin

Há dois ou três dias, queixava-se amarguradamente Paulo Gorjão [Bloguitica] da boa imprensa que protege o ministro António Costa.
Hoje, a propósito de um não-acontecimento da mesma relevância que o levara a tal constatação, o mesmo Paulo Gorjão tece um desvelado elogio ao mesmo António Costa.
Como isto se passa num blogue, deve ser encarado como algo de normal (e até se deve enaltecer o elevado sentido de justiça do autor).
Se se passasse em qualquer jornal, talvez fosse de desencadear uma micro-causa para descredibilizar quem o fizesse.

A vidinha

O Francisco [A Origem das Espécies] ganhou o Grande Prémio de Romance e Novela [merecido, presumo eu que nada percebo de literatura].
E eis que os do costume saem em cortejo de palmadinhas nas costas nos seus bloguezitos. Eu sei. Uns links do Francisco fazem mexer o Sitemeter. E depois o Francisco é uma pessoa influente, tem programas de rádio, de televisão, uma Casa com C grande... convida muita gente.
Isto, nos blogues, é assim. É natural. Na vida lá fora é que não. Na vida lá fora só é permitido o trânsito a virgens.

terça-feira, junho 06, 2006

Os interesses

Agora que o registo de interesses está na moda, seria curioso que os bloggers também os declarassem. Interesses, no caso, não tem nada a ver com o dinheiro que têm, que querem ter, as relações que cultivam, ou até os prazeres que perseguem. Não, nada disso. Algo de muito mais concreto, mais rasteiro - seria bom que muitos bloggers dizessem claramente o que os move. Eu sei que é difícil, mesmo nos casos em que está na cara, é difícil reconhecermos em público as pequenitas deficiências de carácter, de lógica, de pensamento, apenas por um conjuntozito de ódios ou, ao invés, de aspirações na vida. Pois...

E agora...

... um pouco de demagogia.

Estas crianças são iraquianas e estão mortas. Esventradas, rebentadas... Não, não é daquela série das crianças curdas mortas pelas armas químicas de Saddam. Estas foram mortas há dias pelos americanos. Que armas usaram pouco importa para o caso (importar importa, mas é outra conversa).
Há, porém, um mundo de diferença entre as crianças curdas e estas. As outras foram mortas por um louco, estas por soldados ao serviço de uma causa justa - a expansão da democracia. State building, dizem os hipócritas.

Pronto, tá bem...

... façam lá a bomba. Mas, pelo menos, comprem-nos a patente do botão que a faz explodir.

É pena

E eu gosto de pensar que, se não for na Segurança Social, que continue (ou se agrave) nos Impostos. Porque a ideia não era nada parva.

A pedagogia do spam

Correntes de mails contra últimas propostas do Ministério da Educação para avaliar professores.
Não há nada de mau a que os professores portugueses não adiram. Agora é o Spam.

Refrigérios

Há quem goste da Bertrand do Chiado simplesmente porque tem o melhor ar condicionado da zona. Esquecem o mais importante - a partir da segunda sala, não há TMN para ninguém.

segunda-feira, junho 05, 2006

Micro-causa de Verão

Poderá a Sagres, depois de passado esse evento telúrico que dá pelo nome de Mundial 2006, prosseguir na produção da Sagres Selecção (Receita Especial), que é seguramente a melhor cerveja que já se produziu em Portugal e, esta sim, provavelmente, uma das melhores cervejas do Mundo?

in Mar Salgado.

domingo, junho 04, 2006

Saída de Emergência

Comprei um livro de crónicas de Antônio Maria (o ^ é essencial). Chama-se Benditas Sejam as Mulheres. O autor é uma figura, as crónicas uma maravilha.
Falemos da edição.
É portuguesa. E nem sei se coincide com a edição brasileira de Benditas Sejam as Moças. O livro não me esclarece.
O livro, de resto, é um tratado - não há uma mínima indicação biográfica do autor, um índice das crónicas... nada. As badanas (que desperdício...) são ocupadas por excertos das crónicas, a contracapa com um texto laudatório sem sentido. Um mimo...
A editora chama-se Saída de Emergência e, diz a ficha técnica, é uma «marca registada das Edições Fio da Navalha».
[Deve ser mais uma dessas inúmeras editoras de vão de escada que por aí florescem... gostaria de perceber como, de repente, o negócio da edição parece atrair tanta gente que corremos o risco de termos mais editores que leitores.]
Pela minha parte, quanto à Saída de Emergência, estou esclarececido. Saio já aqui.

sábado, junho 03, 2006

Quotas

[parece a despropósito, mas não é]

Há anos (desde sempre...) que a Constituição tem a seguinte alínea:

«Não podem constituir-se partidos que, pela sua designação ou pelos seus objectivos programáticos, tenham índole ou âmbito regional.»

Nunca percebi o objectivo verdadeiro de tal coisa. Que, de resto, tem sido olimpicamente ignorada por uma agremiação chamada PDA. O que me parece é que tal alínea é «excessiva e desproporcionada» e fere claramente o espírito de livre iniciativa democrática que - suponho eu - preside à nossa vida colectiva.

sexta-feira, junho 02, 2006

14 de Junho

Parece ser uma excelente data. No entanto, acho que o João Miranda [A Blasfemia] não acertou no porta-aviões. 19 de Junho parece-me uma data ainda mais interessante. Porque:
1. Os dias 12, 14 e 16 de Junho são praticamente feriados naturais... Se o Sócrates não der tolerância, mete-se um dia, um atestado, o art.º 4.º ou outra coisa qualquer.
2. Mais importante: a época de exames começa a 19.

Sugestão de fim-de-semana

Are you gonna go
To the Sodom and Gomorrah show?
(Sodom and Gomorrah)
It's got everything you need
For your complete entertainment
And instruction
Sun, sex, sin, divine intervention (sun, sex, sin)
Death and destruction
The Sodom and Gomorrah show
Is a once-in-a-lifetime
Production.

[Pet Shop Boys, Fundamental, 2006]

quinta-feira, junho 01, 2006

Os complexos

Eu não sei que jornais anda JPP a ler... Ou melhor, que versão de jornais. Os portugueses, na versão que eu vejo todos os dias, não são assim. Vidé os de hoje. O noticiário de Timor está a sair nas secções de Internacional, sem hesitação. Sai nas aberturas dos jornais nos dias fortes, como qualquer outro tema, aliás, pode sair nessas páginas. Não vale a pena inventar ainda mais fantasmas do que aqueles que já por aí andam. Parece que a haver complexos neste caso não será entre os jornalistas.

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